No Dia Mundial de Combate à Aids, 1º de dezembro, o 3 a 1 vai debater a situação atual da doença, que atinge mais de 30 milhões de pessoas no planeta.
O programa aborda vários temas, entre eles os avanços da medicina no combate à doença, a pesquisa e produção de remédios e os números divulgados no Relatório da Unaids, apontando que, no norte do Brasil, o número de casos está crescendo. E ainda as campanhas de conscientização, o preconceito, a prevenção e o tratamento feito em países como a África, onde a situação é crítica.
Para falar do assunto, 3 a 1 receberá o coordenador do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), no Brasil, Pedro Chequer; o infectologista do Departamento DST/Aids do Ministério da Saúde, Marcelo Freitas, e a representante da Rede Nacional de Jovens com HIV/Aids, Nelma Borges de Lima. A apresentação do programa é do jornalista Luís Carlos Azedo.
O 3 a 1 vai ao ar nesta quarta (1), às 22h. Logo depois a TV Brasil continua com a programação especial desta data e exibe à meia-noite o documentário O Milagre de Lázaro, que traz a realidade da população da Zâmbia, na África, onde a incidência do vírus é muito alta.
Comentários feitos pelos entrevistados:
Dr. Marcelo Freitas
"No caso da região norte, onde temos um crescimento no número dos casos, o problema é estrutural porque não conseguimos chegar até lá."
"A luta contra o preconceito é parte da resposta da sociedade no Dia Mundial de Combate a AIDS."
"Temos 15mil crianças e adolescentes com AIDS no Brasil."
"Nós conseguimos diminuir de 30% para 1% a transmissão vertical de mãe para filho."
"O movimento de jovens vivendo com AIDS tem crescido e é muito importante. Eles estãomostrando que estão aí."
Nelma Borges de Lima
"O que a gente vê entre os jovens é a falta de informação."
"O objetivo da nossa Rede é mobilizar os jovens, tirar eles de casa e gerar conhecimento."
"Ainda morre muito pelo preconceito. Não é o HIV que faz mal, mas a maneira como as pessoas te olham."
"Antes não tinha medicação fácil. Para mim nunca faltou, mas a minha mãe tinha dificuldade para conseguir a medicação. Avançou muito. Avançou também na questão dos exames."
"Se tivesse medicamento em 1993 talvez eu nã tivesse nascido com Aids."
Pedro Shequer
"É necessário a mobilização de alto nível entre os políticos. A Aids não é só problema de saúde, mas de educação e de gênero."
"Nós vemos com bons olhos a declaração do Papa. Vai mobilizar os setores da Igreja que já trabalhavam nessa área, vai silenciar os opositores e vai criar um novo momento."
"O Brasil tem sim que o que comemorar. Estamos com a epidemia controlada."
"A cura da Aids eu diria que é a longo prazo."
"O Brasil começou uma parceria horizontal com a África. Uma parceria de apoio técnico, que começou a garantir acesso dos medicamentos produzidos pelo Brasil aos países pequenos, e fez uma fábrica em Moçambique".
Horário: 22h
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