Em mais uma investigação no cruzamento entre a rua e a arte, o programa desta semana tem como tema o grafite, que tantas vezes foi confundido como pichação e vandalismo, mas que, atualmente, vive um momento de consagração, com grafiteiros sendo recebidos, como atração principal, em espaços tradicionais de bienais, exposições, vernissages e museus.
Aderbal Freire-Filho recebe, no estúdio, Marcelo Eco, Tito e Panmela Castro, grafiteiros de primeira linha, que já mostraram seus trabalhos nos Estados Unidos e na Europa. Eco, por exemplo, faz trabalhos sob encomenda para grandes empresas, como Sony, Volkswagen, Gatorade e Nike. Para o artista, "o grafite tem que estar na rua. O que eu faço no atelier é o meu trabalho de artista plástico. É o que eu faço na rua que eu chamo de grafite. Arte pra mim é voz, é um grito, somos como homens-bomba".
Já Tito, que além de grafiteiro trabalha como designer e ilustrador, é o autor de Street Comics, lido diariamente por milhares de pessoas nas ruas do Rio. Aliás, a história de um herói sem teto e seu cachorro tem causado curiosidade pelo mundo todo. “Hoje eu peço autorização pra fazer o grafite em um muro, mas já houve época em que não pedia. Os pioneiros abriram espaço à força para a nossa arte e para trazer beleza para lugares degradados e muros abandonadas", pondera Tito. "O Brasil é o único país onde uma lei define o que é grafite e o que é pichação, condenando o vandalismo mas garantindo a proteção e o fomento ao grafite, assumido como uma forma de arte a ser apoiada", arremata Panmela, que se especializou em murais com foco na promoção dos direitos da mulher.
Coordenação Web: Daniel Roviriego
Produção e Criação Web: Carolina Spork e Júlia da Matta
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