Hoje, quem indica o presidente do BC no país é o Ministro da Fazenda, portanto um representante do governo, muitas vezes orientado diretamente pela presidência da república. Após a indicação, o contemplado passa pela aprovação do Senado.
Para alguns especialistas, essa falta de autonomia para escolher a própria direção resulta, por exemplo, nas dotações extra-orçamentárias, portanto na emissão excessiva de moedas, além da possibilidade de obtenção de recursos adicionais, via pressão política.
Por outro lado, existem críticas quanto a independência do BC, uma delas proferida há pouco tempo pelo prêmio Nobel de Economia, em 2001, Joseph Stiglitz. Ele afirmou durante um encontro na sede do Banco Central da Índia, que "na crise, países com bancos centrais menos independentes, como Brasil, China e Índia, se saíram muito, mas muito melhor do que países com BCs mais independentes, como a Europa e nos Estados Unidos”. Para Stiglitz, não existe problema de instituições públicas serem responsáveis pelos Bancos Centrais, mas sim qual é política orientadora.
Para debater esses argumentos, o apresentador Luis Nassif receberá o doutor em economia pela Washington University, professor do Ibmec e conselheiro sindicato do Banco Central Brasileiro no Distrito Federal, José Ricardo da Costa e Silva; e o ex-economista chefe da Federação Brasileira de Bancos, Roberto Troster e o pesquisador e diretor do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica (Cecon) do Instituto de Economia da Unicamp, André Biancarelli.
Apresentação: Luís Nassif
Direção: Pola Galé
Produção: Lilian Milena, Aline Penna e João Paulo Caldeira
Pauta: Lilian Milena e João Paulo Caldeira
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