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Caminhos da Reportagem investiga Assédio Sexual no Trabalho

A lei brasileira prevê punições para quem comete o crime

O Caminhos da Reportagem desta quinta-feira, dia 28, aborda um crime que, apesar de ainda muito frequente, não se tem estatísticas nacionais e nem mundiais: o assédio sexual no trabalho. A repórter Flávia Peixoto conversou com vítimas que decidiram contar suas histórias. Elas narram situações constrangedoras vivenciadas no trabalho e que geraram angústia, medo, traumas e adoecimento. O programa vai ao ar nesta quinta, dia 28, às 22h, na TV Brasil. 
 
Segundo Thaís Dumêt, oficial técnica da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o assédio sexual no trabalho é considerado uma violência e pode ser definido como “todo ato, gesto, insinuação de natureza sexual que constrange e intimida outra pessoa”.
 
A bancária L. conta que o primeiro assédio veio do sub-chefe do setor em que foi lotada. “Logo de início ele me levava pra um quarto, onde a gente fazia revisão de microfilmagem de cheques e ele pegava e tentava encostar a perna na minha e a roçar a minha perna. E eu afastava a cadeira e ele ia atrás de mim, punha a mão, como se não tivesse nada de importante na minha perna, eu pedia pra ele tirar. E eu acho que isso fez um estrago pro resto da minha vida”, afirma.
 
A legislação brasileira prevê punições para quem comete assédio sexual, mas esse crime ainda é pouco denunciado. Segundo a ministra do Tribunal Superior do Trabalho Maria Cristina Peduzzi, entre os anos 2000 e 2017 foram julgados apenas 213 processos nesse âmbito. M., jornalista, sofreu em silêncio durante meses. Assim que ingressou no mercado de trabalho, foi vítima de um chefe assediador. “Eu ficava nervosa quando ele chegava, eu emagreci doze quilos de desespero de não saber lidar com a situação que ele tava causando”. Ela diz que teve medo e vergonha de falar com a família sobre o que estava acontecendo.
 
“É um massacre para a autoestima da pessoa. Ela vive uma prisão que é bastante fechada, ela dificilmente consegue sair dali sozinha, porque ela precisa que as pessoas validem aquele sofrimento dela dizendo 'olha, você está sofrendo, você precisa de ajuda, isso tá errado'”, afirma o psicólogo do trabalho Vitor Barros Rego.
 
Esta edição do Caminhos da Reportagem mostra como identificar esse crime, onde denunciá-lo e também o que é possível fazer para combater essa prática que ainda causa espanto e questionamentos quando se torna pública.

Serviço 
Caminhos da Reportagem - quinta-feira, dia 28 , às 22h, na TV Brasil 

 

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 26/09/2017 - 17:45 e atualizado em 26/09/2017 - 17:45

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