Músicas que encantam. Sons que dão vida. O Caminhos da Reportagem mostra nesta edição o poder da música para a saúde física e mental. Nossa equipe visita pessoas que encontraram na musicoterapia uma forma de garantir qualidade de vida aos seus familiares. Conhecemos profissionais que atuam nessa área para prevenir doenças e melhorar a saúde de seus pacientes.
“Na musicoterapia você vai empregar os recursos da música, dos sons, dos ritmos, num contexto terapêutico, num contexto de clínica, num contexto com objetivo direcionado a sanar problemas, a complementar um tratamento médico, psicológico”, explica a musicoterapeuta Lucia Smidt.
Por meio da música, os idosos que vivem no Lar dos Velhinhos Bezerra de Menezes, localizado em Sobradinho, região administrativa do Distrito Federal, revivem o passado. Conseguem se lembrar de familiares, de momentos marcantes e, assim, contar um pouco das suas histórias de vida. “Eu acredito que a gente está fazendo um trabalho de prevenção também, porque como a gente insere a música diariamente, acaba entrando na rotina deles. E, depois que acaba a atividade com música, eles ainda conservam durante algum tempo aquele espírito, aquela energia da atividade”, conta o músico Rafael Miranda, funcionário da instituição.
Foi com a musicoterapia que Elton Júnior, também chamado de Eltinho, descobriu o gosto pela música e por instrumentos musicais. A mãe dele, Glauciane Lopes, conta que o filho não falava e movia apenas alguns dedos. Segundo ela, desde que esse processo terapêutico passou a fazer parte da rotina do garoto, ele começou a emitir sons, a falar algumas palavas, além de melhorar o desenvolvimento motor.
Eltinho é um dos pacientes do musicoterapeuta Cláudio Vinícius Fialho. Eles se conheceram no Hospital da Criança de Brasília, onde juntos, a cada sessão, fazem grandes descobertas. “Eu acho que a música tem um poder muito grande para desenvolver mundos internos no paciente, ressignificar situações que eles estão vivendo, às vezes de uma forma muito poderosa”, diz Cláudio.
O Caminhos da Reportagem também mostra o único coral do Brasil formado por autistas. O projeto “Uma Sinfonia Diferente” foi idealizado pela musicoterapeuta Ana Carolina Steinkopf, que conta ainda com o trabalho de psicólogos e terapeutas ocupacionais. “Com a música, tudo se transforma. Parece que são vários mundos em que cada um está por si, cada um no seu lado, cada um brincando do seu jeito. Mas, quando a gente toca, pronto. É todo mundo um só. Não tem mistério. É a música. A música tem um poder incrível de juntar todo mundo”.
O neurocientista Renato Malcher fala sobre os benefícios que esse projeto trouxe para seu filho Cauê, de 12 anos. Além de aprender a fazer gestos, a prestar atenção nos outros, Cauê gosta de fazer parte do coral. “Ele sabe que na semana dele tem um dia especial em que ele vai dançar, cantar e ninguém vai ficar mandando ele fazer coisas. Na verdade, a sinfonia envolve um pouco de orientação e aprendizado, mas num ambiente muito relaxado, muito lúdico”, relata.
Ficha técnica
Reportagem: Ana Graziela Aguiar
Produção: Ana Graziela Aguiar e Beatriz Abreu
Imagens: Rogerio Verçoza e Sigmar Gonçalves
Apoio às imagens: André Rodrigo Pacheco e Georges Fernando Ribeiro
Auxílio técnico: Dailton Matos e Edivan Viana
Apoio ao auxilio técnico: Cláudio Bello e Rafael Calado
Edição de texto: Flávia Lima e Suzana Guimarães
Edição de imagens e finalização: André Eustáquio e Henrique Corrêa
Arte: Pedro Ivo Oliveira
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