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Constelação Familiar: explicando relacionamentos 

Conheça essa terapia que auxilia na resolução de conflitos

Caminhos da Reportagem

No AR em 10/09/2019 - 22:30

No Brasil um tipo de terapia tem chamado a atenção por estar ajudando na resolução de conflitos, na solução de problemas e também no tratamento de doenças: a Constelação Familiar. Já autorizada no Sistema Único de Saúde – SUS – e também usada em vários tribunais de justiça do país, a Constelação Familiar é o assunto desta edição do Caminhos da Reportagem.

Médico Renato Bertate trouxe a constelação familiar para o Brasil
Médico Renato Bertate é um dos pioneiros da constelação familiar no Brasil - Reprodução/TV Brasil

Esse tipo de técnica, desenvolvida pelo filósofo, pedagogo e teólogo alemão Bert Hellinger, diz que todas as pessoas estão conectadas por uma memória familiar. E que essas lembranças podem ser passadas de geração para geração. Durante uma sessão, geralmente feita em grupo, as relações familiares são representadas e isso permite identificar problemas. “Ela se revelou um recurso fantástico para eu poder acessar essas dinâmicas que se colocavam como a origem de muitas doenças”, conta o médico Renato Bertate, responsável por trazer a técnica para o Brasil há mais de 20 anos.

A Constelação Familiar foi adotada pelo SUS em 2018 como uma das Práticas Integrativas e Complementares (PICS), que são tratamentos baseados em conhecimentos tradicionais que podem ser ofertados em unidades de saúde. O Caminhos da Reportagem foi a Florianópolis para mostrar a prática realizada no Hospital Universidade da Universidade de Santa Catarina – UFSC. Cerca de 70 pessoas participam do projeto, que inclui outras terapias e serve como um complemento aos tratamentos feitos no hospital. “Depois que o paciente já foi no médico, já tratou e mesmo assim aquilo persiste, aí, sim, a Constelação pode dar esse enfoque de tratamento”, destaca Lairton Silva, que é um dos consteladores do grupo.

Constelação familiar no TJRJ
Constelação familiar no TJRJ - Reprodução/TV Brasil

Na Penitenciária Feminina do Estado do Amapá, a Constelação Familiar tem sido usada também desde 2018 e já mostra resultados. O projeto, que atende 120 internas, tem transformado a forma de pensar e agir das presas e também de agentes penitenciários. “A gente vai aprendendo maneiras, comportamentos, de como lidar com a situação”, relata a interna Cleândia da Silva, que mudou o jeito de ser com os filhos depois que começou a participar das sessões. “Diminuiu o número de ocorrências, no caso das brigas, discussões, elas aprenderam a conviver melhor nos seus alojamentos”, afirma a agente penitenciária Elza Maria Tenório dos Santos.

No Judiciário, a Constelação Familiar também tem sido usada para solucionar conflitos. O juiz Sami Storch, do Tribunal de Justiça da Bahia, foi o responsável por trazer a técnica como um modo de mediação. Hoje, 16 estados e o Distrito Federal aplicam esse tipo de prática com resultados positivos: na Bahia, 91% dos casos que envolvem a Constelação são resolvidos; em Pernambuco, 76%; no Distrito Federal, 61%, e em Goiás, 50%, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça – CNJ.

Penitenciária Feminina do Estado do Amapá adota a técnica desde 2018
Penitenciária Feminina do Estado do Amapá adota a técnica desde 2018 - Reprodução/TV Brasil

Ficha técnica
Reportagem: Katiuscia Neri
Produção: Gracielly Bittencourt e Amanda Cienglinski
Apoio Produção: Maurício Almeida 
Imagens: Osvaldo Alves, André Pacheco, Sigmar Gonçalves, Eduardo Viné, Gilmar Vaz e Sandro Tebaldi
Auxílio técnico: Alexandre Souza, Maurício Aurélio, Wladimir Ortega e Adaroan Barros
Apoio técnico: Edivan Viana e Dailton Matos
Estagiárias: Keilla Salvador e Pâmela Maria
Edição de texto: Carina Dourado
Edição de imagens e finalização: Jerson Portela
Arte: Dinho Rodrigues
 

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Criado em 05/09/2019 - 10:40

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