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Teu lugar me cabe?

A pergunta de muitos brasileiros todos os dias

Caminhos da Reportagem

No AR em 27/09/2020 - 20:00

A bióloga e professora Elâine Cruz prefere se estressar na direção do carro, do que ser julgada pelo corpo gordo no ponto de ônibus. “Quando a gente sai de casa, a gente tem que encarar o outro, o olhar preconceituoso, o medo de ficar entalada na catraca do ônibus, de não caber na cadeira do teatro, cinema, avião...”, diz ela ao Caminhos da Reportagem.

"Eu prefiro dirigir, que é algo que não gosto do que enfrentar o preconceito no ponto de ônibus por meu corpo gordo", Elâine Cruz, bióloga e professora.
"Eu prefiro dirigir, que é algo que não gosto do que enfrentar o preconceito no ponto de ônibus por meu corpo gordo", Elâine Cruz, bióloga e professora., por Foto: Divulgação/TV Brasil

Só depois de denunciar nas redes sociais a falta de atendimento no hospital, o publicitário Thiago Silva, na época com 130 kg e à beira de um infarto, conseguiu ser transferido para um município a 50km, e finalmente realizar os procedimentos médicos no coração.

"A sociedade precisa se adequar a nós que somos deficientes e não o contrário", Suélen de Almeida, consultora e palestrante.
"A sociedade precisa se adequar a nós que somos deficientes e não o contrário", Suélen de Almeida, consultora e palestrante. - Foto: Divulgação/TV Brasil

A pergunta “Teu lugar me cabe?” é também feita pela médica Izabel de Loureiro Maior no Rio de Janeiro e Suélen de Almeida em São Paulo. São cadeirantes que colocam no colo da sociedade o direito de ir e vir, garantido por leis que não são praticadas e nem fiscalizadas.

A sociedade brasileira também fecha as portas para os transexuais no mercado de trabalho com carteira assinada; aos idosos que se machucam quando andam em calçadas esburacadas; aos alunos com deficiência (cegos, surdos e cadeirantes) em escolas públicas pouco preparadas para a educação inclusiva.

"Eu gosto das duas escolas, a bilíngue e a de inclusão, mas na primeira eu tenho mais amigos", Julia Alves Leite, aluna com deficiência auditiva severa.
"Eu gosto das duas escolas, a bilíngue e a de inclusão, mas na primeira eu tenho mais amigos", Julia Alves Leite, aluna com deficiência auditiva severa. - Foto: Divulgação/TV Brasil

Um exercício que a arquiteta e urbanista Gabriella Zubelli propõe a todos os trabalhadores de uma obra em construção, é a sensibilização: se colocar na pele de alguém que tenha uma deficiência e com isso mudar padrões de altura, largura e diminuir a distância entre usuários numa sociedade mais adaptada para a diversidade.

 

Ficha técnica
Reportagem: Bianca Vasconcellos, Pollyane Marques
Produção: Deise Machado, Pollyane Marques
Produção e apoio à reportagem: Éverton Siqueira (estagiário), Henrique Mathias (estagiário)
Tradutora e intérprete de libras: Lucia Sousa
Imagens: João Marcos Barboza
Apoio às imagens: Bianca Vasconcellos
Auxílio técnico: Caio Araujo
Edição de imagens e finalização: Maikon Matuyama
Roteiro e direção: Bianca Vasconcellos
 

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Criado em 22/09/2020 - 19:25

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