Tambores, atabaques e cabaças: instrumentos de origem africana que ditam o ritmo de várias manifestações culturais, ainda mais fortes durante o carnaval. A festa, que teve início nas elites europeias, ganhou forma a partir da abolição dos escravos. Ritmos como o Jongo, o Entrudo – precursor do samba – e outras tradições, quase sempre de cunho religioso, começam a se difundir entre os brancos.
O programa mostra os ritmos que embalam os carnavais do Brasil, como o Jongo do Rio de Janeiro e o tambor de sopapo, no Rio Grande do Sul. E tenta responder ainda a uma grande dúvida que permanece entre os amantes do samba: afinal, o ritmo nasceu na Bahia ou no Rio de Janeiro? Já o Maracatu não é forte apenas em Pernambuco, mas também no Ceará. E o carnaval do Maranhão tem não só o tambor de crioula, mas o balanço do reggae.
Artistas, fundadores de blocos e especialistas analisam o legado africano para o Carnaval brasileiro, que já foi marginalizado, mas é hoje a maior reunião de ritmos e manifestações culturais do planeta.
Para a cantora baiana Margareth Menezes, o carnaval é motivo de orgulho por suas raízes. “A gente hoje tem coragem de enfrentar o preconceito, especialmente no caso da mulher afro-brasileira. Agora, estão começando a surgir alguns elementos de valorização, uma imagem mais positiva”, afirma.
Ficha técnica
Reportagem: Carlos Molinari e Manuela Castro
Produção: Débora Brito e Beatriz Abreu
Imagens: Sigmar Gonçalves e André Rodrigo Pacheco
Auxiliares: Daílton de Matos, Edivan Viana
Arte: Antônio Trindade
Edição de texto: Ana Grazilela Aguiar e Anna Karina de Carvalho
Edição de imagens e finalização: Márcio Stuckert
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