O Caminhos da Reportagem conheceu a realidade de moradores de dois Jardins que levam o mesmo nome: Paulistano. No bairro Jardim 
Paulistano das famílias de baixa renda, a água desaparece da maioria das torneiras a partir das seis da tarde – em alguns locais, às quatro da tarde. Da Sabesp – Companhia de Saneamento Básico de São Paulo –, apenas silêncio. Diante das queixas, em nota, a companhia se refere à crise hídrica como um problema em bairros “localizados em áreas elevadas.” No caso, bairros distantes e pobres.
No Jardim Paulistano habitado pela classe média-alta, a falta d´água ainda não ocorreu. O mais próximo à crise hídrica que as famílias dali chegam é uma redução na pressão da água.
Técnicos afirmam que, caso não chova o suficiente, não se pode prever em quanto tempo o caos será instalado no chuveiro de todos os paulistanos, ricos ou pobres.
Em Itú, no interior paulista, moradores buscaram resposta para a falta d´água no Águas de Itú. Acabaram levando bombas de gás lacrimogênio da polícia.
A três mil quilômetros de São Paulo, agricultores de Currais Novos, no sertão do Seridó (RN), ensinam como é possível produzir frutos na seca, que já dura 3 anos. São nordestinos que convivem com a seca há várias gerações e desafiam a natureza, mostrando água jorrando na lavoura mesmo com a barragem em nível abaixo do crítico. Quase como a profecia em Os Sertões, de Euclides da Cunha, “o sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão.”
Roteiro e direção: Bianca Vasconcellos
Reportagem: Aline Beckstein, Luana Ibelli, Gustavo Minari
Produção: Aline Beckstein, Luana Ibelli, Thaís Rosa
Estagiárias de produção: Monique Amorim, Pamela Santos
Imagens: Alexandre Nascimento, Eduardo Viné, William Sales
Auxiliares: Caio Araújo, Eduardo da Silva, Maurício Aurélio
Sonoplastia: Priscila Resende
Arte: Sandro Lopes
Edição de imagens: Caio Cardenuto, Rodger Kenzo
Finalização de edição de imagens: Rodger Kenzo
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