Eles vieram em busca da “cocanha” – fartura –, fugindo da fome e da falta de trabalho na Itália de 1875. Deixaram os vários “países” – cidades italianas – para enfrentar a dureza da vida no campo no Sul do Brasil, onde eram proibidos de falar o dialeto vêneto, a língua italiana do nordeste da Itália.
O Caminhos da Reportagem encontrou descendentes no Rio Grande do Sul que ainda vivem como os antepassados: produzindo vinhos, peças em cobre, alimentando-se de polenta e cantando músicas no dialeto de origem.
Em São Paulo, a imigração italiana se dividiu entre as lavouras de café e a indústria. Muitos sindicalistas, que vieram do partido anarquista italiano, tiveram que ir para o interior de São Paulo para sobreviver com o trabalho nos cafezais.
Bem diferente dos italianos que desbravaram o Sul do país ou tiveram que plantar café e criar galinhas no interior paulista, os imigrantes que chegaram na década de 40 vieram atrás de um país moderno. Um país que construía Brasília, o edifício Itália e, com Lina e Pietro Bo Bardi, passaria a ter um modelo que até hoje é fonte de pesquisa arquitetônica: a casa de vidro.
Roteiro e direção: Bianca Vasconcellos
Reportagem: Aline Beckstein e Sarah Quines
Produção: Aline Beckstein, Eduardo Goulart de Andrade, Luana Ibelli e Thaís Rosa
Estagiários de produção: Monique Amorim e Pamela Santos
Imagem: João Marcos Barboza
Auxílio técnico: Eduardo Domingues
Apoio à imagem e produção: Caio do Carmo, Rafael de Carvalho
Edição de imagens e finalização: Jéssica Saccól e Rodger Kenzo
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