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Prisões e barbárie

Em cinco estados diferentes, Caminhos da Reportagem mostra as

Caminhos da Reportagem

No AR em 16/02/2017 - 22:30

O ano de 2017 começou com massacres em três penitenciárias brasileiras: 60 detentos foram mortos em Manaus, 33 em Boa Vista e 26 em Natal. No centro da crise, a disputa pelo poder e pelo tráfico de drogas pelas facções Família do Norte, Primeiro Comando da Capital, Comando Vermelho e Sindicato do Crime. Os episódios lançaram luz ao sistema penitenciário do país, que tem a quarta maior população carcerária do mundo, atrás dos Estados Unidos, China e Rússia. “Esses massacres revelam a grave situação caótica do sistema penitenciário do Brasil. Quando a gente fala em situação caótica nós estamos falando do quadro generalizado de superlotação, condições desumanas, falta de acesso à justiça porque não tem advogados nem defensoria pública que consigam atender às demandas, além dos casos de tortura e maus tratos”, afirma a assessora de direitos humanos na Anistia Internacional no Brasil, Renata Neder.

A partir desses acontecimentos de janeiro, o Caminhos da Reportagem discute a política de encarceramento em prática no país e as condições das unidades prisionais, que, segundo especialistas, não colaboram para a ressocialização dos presos. Para a socióloga e ex-diretora da geral do sistema penitenciário do Rio de Janeiro, Julita Lemgruber, a justiça criminal brasileira é disfuncional. “Você tem, principalmente, dois problemas: um problema grave na entrada e um problema grave na saída. O sistema penitenciário brasileiro funciona como um funil que tem uma boca enorme e uma saída muito estreita”, complementa. 

Nossos repórteres estiveram em cinco estados diferentes para mostrar as condições das penitenciárias nacionais, o dia a dia das famílias e a atuação das facções dentro e fora dos presídios. Eles também conversaram com especialistas no sistema carcerário. Em Pernambuco, estado com maior superlotação, acompanhamos a realização de audiências de custódia, mecanismo que pode diminuir a prisão sem a realização do julgamento. No Brasil, 40% da população carcerária está em prisão provisória. Já em Minas Gerais, mostramos como funciona a primeira parceria público-privada do Brasil e qual a diferença desse modelo para as demais unidades prisionais.




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Criado em 13/02/2017 - 12:52 e atualizado em 17/02/2017 - 15:32

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