A suspeita é que o vírus da zika também seja o responsável pelo aumento de casos da síndrome de Guillán Barré, que provoca uma fraqueza muscular generalizada e pode levar à morte.
A equipe do Caminhos da Reportagem foi a Pernambuco, onde está a maioria dos casos de zika e microcefalia. Na periferia do Recife, mulheres grávidas convivem com altos índices de infestação do aedes aegypti, mosquito transmissor do vírus de zika, dengue, chicungunya e febre amarela. As mães dos bebês que nasceram com microcefalia cobram atenção especial do Estado.
“Vou dormir e às vezes tenho pesadelo de a criança vir com alguma coisa ou o médico dizer alguma coisa da criança”, afirma a dona de casa Bruna dos Santos. Moradora da periferia do Recife, Bruna está grávida de cinco meses e teve zika no início da gestação.
Ao todo, 18 países no mundo têm casos de zika. O Brasil foi o primeiro a fazer a relação do vírus da doença com a microcefalia. Mas os cientistas brasileiros ainda buscam resposta para muitas questões, como: qual a dificuldade de diagnóstico? Qual o risco para as mulheres grávidas e seus bebês? É possível a elaboração de uma vacina?
Outro grande desafio é o combate ao aedes aegypti. O exército reforça o trabalho dos agentes comunitários, de casa em casa, onde estão 80% dos focos do mosquito. Mas a falta de saneamento básico faz com que o aedes tenha condições de se proliferar rapidamente.
Reportagem: Katiuscia Neri
Imagens: Sigmar Gonçalves
Auxílio técnico: Dailton Matos
Edição de Texto: Ana Maria Passos e Flávia Lima
Edição de imagens: André Eustáquio, Márcio Stuckert, Richard Pereira
Produção: Beatriz Abreu, Líbia Ximenes, Paula Abritta, Pollyane Marques
Arte: Dinho Rodrigues
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