O Conhecendo Museus desta semana passeia pelo Museu Nísia Floresta — localizado em um casarão do século XIX no centro do município de mesmo nome, a cerca de 40 km da capital do Rio Grande do Norte. Inaugurado em março de 2012 para preservar, coletar e expor objetos, documentação e pesquisas vinculados à história e à memória histórica da escritora e educadora Nísia Floresta Brasileira Augusta, o museu também promove atividades permanentes de arte, cultura, educação e de incentivo ao turismo.
Nísia foi pioneira na luta feminista no Brasil e na América Latina e brigou pelos direitos das mulheres, dos negros, dos índios, de todos os humilhados e esquecidos. Em pleno século XIX, a estudiosa e revolucionária escandaliza e questiona a todos com livros e artigos para jornais, defendendo a igualdade política dos sexos. Ela deu aulas em Recife, Porto Alegre e Rio de Janeiro, onde fundou e dirigiu um colégio, destacando-se como educadora.
O Museu tem acervos permanentes e temporários e conta com uma biblioteca com cinco mil títulos com temáticas relacionadas ao negro, à mulher e à obra antropológica pesquisada sobre Nísia, salas de leitura, auditório, sala multimídia, memorial e uma sala de apoio a pesquisadores, com suporte à produção textual, fotográfica e audiovisual. E também traça uma linha do tempo, com uma cronologia onde é possível acompanhar a trajetória de vida e de luta da escritora, que presenciou acontecimentos importantes como a Revolução Farroupilha e a unificação da Itália. O espaço também expõe edições dos seus livros, entre os quais Direitos das mulheres e injustiça dos homens (1833), Conselhos à minha filha (1842), Discurso às suas educandas (1847), A lágrima de um Caeté (1849), Opúsculo humanitário (1853) e A mulher (1859).
Não perca o programa Conhecendo Museus que vai contar a história da educadora Nísia Floresta, por meio do Museu que apresenta e resgata toda a sua trajetória.
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