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Mulheres Bem Resolvidas: uma conversa com a coach Cátia Damasceno

Roseann Kennedy recebe especialista em sexualidade feminina

Conversa com Roseann Kennedy

No AR em 23/10/2017 - 21:30

Ela é coach de sexo e sensualidade. Dá aulas pela internet para ajudar a melhorar os relacionamentos, a autoestima e a forma de compreender o sexo. Cátia Damasceno é fisioterapeuta, especialista em sexualidade feminina e uroginecologia e idealizadora do Programa “Mulheres Bem Resolvidas”. Há quatro anos, pelo seu canal do YouTube, ela dá aulas para mulheres do mundo todo. Com bom humor, esclarece dúvidas sobre a anatomia feminina e masculina, e dá dicas de como melhorar os relacionamentos. Com grande popularidade na internet, em seu canal do YouTube, tem mais de 800 mil inscritos e os vídeos ultrapassam os 55 milhões de visualizações. No facebook tem mais de um milhão e 300 mil seguidores. Nesta entrevista ela fala sobre sua trajetória profissional e pessoal e também da responsabilidade de informar sobre temas ainda considerados tabus.

Cátia Damasceno: “Eu falo sobre sexualidade da mesma forma como as pessoas conversam sobre economia”

Cátia Damasceno: “Eu falo sobre sexualidade da mesma forma como as pessoas conversam sobre economia” - Reprodução/TV Brasil

Filha de militar, casou com o primeiro namorado e teve filhos. Com o fim de seu relacionamento, Cátia se viu perdida. Investiu em seu trabalho de fisioterapia uroginecológica com mulheres gestantes para ajudá-las no parto normal e no enfrentamento de cólicas. Viu no sexo uma oportunidade para o autoconhecimento e melhoria da saúde. Surpreendida pelo relato de uma mulher que disse ter melhorado a vida sexual depois de frequentar seu curso, resolveu empreender e decidiu levar em frente essa missão: “Por que não fazer disso uma profissão?”. Ela não sabia que a partir dali faria tanto sucesso.

Quando se trata de ensinar as gerações mais novas, Cátia avalia que os pais não podem terceirizar a educação sexual dos filhos, e revela que é muito procurada por adolescentes perguntando sobre a primeira vez. Ela trata do tema com cautela. “É responsabilidade dos pais conversarem sobre isso”. E complementa. “Eu tenho um cuidado muito grande de não incentivar. Porque uma coisa é você esclarecer e outra coisa é você incentivar o adolescente. A minha linguagem é para o público adulto exatamente para não ficar essa coisa de incentivo. Mas eu já tenho um público adolescente que me acompanha”.

Ela diz que ainda hoje, várias pessoas namoram e se casam cheias de dúvidas e dificuldades. Muitas delas não tem com quem conversar e por isso acredita que o seu trabalho cresceu tantos nos últimos anos. “Eu falo sobre sexualidade da mesma forma como as pessoas conversam sobre economia, sobre finanças, sobre marketing, sobre qualquer outro assunto, eu trato da mesma maneira. Por que tem que ser um tabu? Por que tem que ser proibido? Por que tem que ser errado? Por que tem que ser pecado?” E esclarece: “A naturalidade com a qual eu converso sobre esse assunto é o que traz o público”.

Para Cátia, um dos grandes segredos é trabalhar a reciprocidade nas relações. “Casamento e relacionamento, pra mim, é a arte de fazer acordos. Acordos que devem ser cumpridos por ambas as partes”.

“Casamento e relacionamento, pra mim, é a arte de fazer acordos."

“Casamento e relacionamento, pra mim, é a arte de fazer acordos." - Reprodução/TV Brasil

Ela ainda faz várias abordagens sobre a mulher se empenhar para estar bem e atraente, mas ressalta que isso não significa imputar a responsabilidade do bom sexo e do bom relacionamento como mais uma obrigação feminina. Diz que o trabalho é do casal. Em suas dicas, inclusive brinca, e diz que existe o kit suicídio do relacionamento sexual, que inclui, por exemplo, a velha blusa de político, a grande calcinha bege e cuecas folgadas demais.

E quando o assunto é divisão de tarefas, Cátia Damasceno faz um alerta às mulheres: “Deixe o homem também fazer a parte dele. Muitas vezes as mulheres cobram isso, dizendo: -'Ah, mas ele vai fazer errado... Ah, mas ele escolheu a roupa da criança e o menino ficou desigual... Deixe o outro participar, porque se ele nunca fizer errado ele nunca vai aprender a fazer o certo. E aí a mulher se sobrecarrega porque não sabe delegar”.

Por fim, a coach que é especialista em sexualidade feminina e pompoarismo conclui: “Eu realmente amo o que faço. Então quando a gente coloca amor naquilo que a gente faz tudo flui mais rapidamente”.

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Criado em 20/10/2017 - 16:15

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