Para o coordenador da transição, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o novo governo terá um caminho árduo pela frente. “Não teremos dias de facilidade não; teremos dias de dificuldade e precisaremos estar unidos”, afirmou, em entrevista ao programa Conversa com Roseann Kennedy.
Entre as dificuldades apontadas pelo ministro está a negociação da reforma da Previdência no Congresso, que o governo Jair Bolsonaro pretende iniciar, sob nova forma, somente em 2019. Além disso, o ministro-chefe da Casa Civil apontou dois grandes desafios para o novo governo: reduzir o déficit público – cujo rombo é hoje de R$ 300 bilhões – e gerar empregos.
Padilha avaliou que “a eleição de Bolsonaro não se fundou em alianças partidárias” e que o presidente eleito terá de conversar com os partidos e não apenas com as bancadas temáticas – evangélica, ruralista e da segurança –, como o presidenciável fez em sua campanha. “Agora chegou a vez de dialogar com o Congresso Nacional e isso terá de ser feito via partidos, pois são eles que controlam seus deputados e seus votos”, afirmou.
Na entrevista, Padilha disse ainda que o governo Temer fará recomendações ao próximo governo sobre a importância de se manter o Programa de Parcerias de Investimentos (PPIs) e disse que as informações completas sobre as empresas estatais, sobretudo as que dependem do Tesouro Nacional, também serão entregues aos sucessores de Temer. “Cabe a nós facilitarmos a transição porque isso é do interesse da sociedade. O povo decidiu e o novo governo tem de governar para todos; a divisão entre brasileiros tem de ser banida”, concluiu.
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