"A alma da fome é política." Esta frase é do sociólogo Herbert José de Souza, mais conhecido como Betinho, homenageado desta semana no De Lá Pra Cá. Para falar dessa grande personalidade brasileira, Ancelmo Gois e Vera Barroso entrevistam a autora do livro "Balaio Mineiro", Wanda Figueiredo, o diretor do Viva Rio, Rubem César Fernandes e a diretora do filme "Três irmãos de Sangue" Angela Patrícia, além do compositor João Bosco e da historiadora e a autora do livro "O Brasil de Betinho, Dulce Pandolfi.
Betinho foi um dos maiores ativistas dos direitos humanos no Brasil. Além disso, fez campanhas pela ética na política e em prol da reforma agrária e dos direitos dos povos indígenas. Mas o trabalho mais importante de Betinho, o mais conhecido, foi a campanha pela Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e pela Vida. Ele mobilizou o país inteiro para arrecadar mantimentos em favor dos pobres e excluídos. Foi o "Natal sem fome".
Betinho morreu cedo, aos 61 anos de idade, em 1997. Ele e os irmãos, o cartunista Henfil e o músico Chico Mário eram hemofílicos. Todos foram infectados pelo vírus da Aids, durante as transfusões de sangue que eram obrigados a fazer. Apesar de debilitado, Betinho fez questão de assumir publicamente a doença e dar início aos primeiros debates para conscientizar as pessoas sobre o problema.
Ao longo da vida, Betinho recebeu vários prêmios importantes, como o Global 500, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. E também chegou a ser indicado para o Nobel da Paz de 1991.
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