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Designer Carlos Sobral traça panorama sobre carreira

Em entrevista a Roseann Kennedy ele fala sobre arte e empreendedorismo

Em entrevista ao programa Conversa com Roseann Kennedy nesta segunda (20), às 21h15, na TV Brasil, o designer Carlos Sobral declara que sempre foi um pouco marginal no seu trabalho ao recordar o estilo hippie do início da carreira.

Durante o papo com a jornalista, ele fala dos percalços no começo de sua trajetória, aborda as características de sua arte e reflete sobre os desafios de ser empreendedor no país. "Ser empresário no Brasil, é coisa de maluco”, lamenta.

Com a experiência de quem já teve que recomeçar inúmeras vezes no ramo, o empresário diz que não tem medo de ousar e dispara: "Para mim, não tem outro caminho. É como se eu estivesse em uma guerra de costas para o rio. Eu só posso abrir caminho para a frente, brigando."

Artista fluminense, Carlos Alberto Sobral é referência quando se trata do design brasileiro de bijoux e objetos decorativos. Com peças multicoloridas que fazem referência ao Pop Art e artistas como Polock e Kandinsky, suas criações fizeram sucesso primeiro no exterior e depois conquistaram o Brasil.

Sobre essa experiência internacional, Sobral avalia: "Eu tenho a ousadia, o calor, o colorido dos trópicos e Paris aportou a elegância da cultura francesa. E isso dá uma química muito boa. Eu cheguei com um bom produto e vendendo, mas à medida que fui entendendo o gosto daquele mercado, ele foi sendo lapidado".

Hoje, sua marca tem 21 lojas dentro e fora do Brasil, três delas, em Paris. Sobral já teve suas peças usadas em videoclip da cantora norte americana Beyoncé e produziu exclusivamente para desfiles do designer de moda Karl Lagerfeld.

Carlos reconhece que ele próprio não reconhecia a importância de seu trabalho até conhecer o estilista alemão. "Quando eu fiz um desfile com ele, Karl me tratou como igual". Carlos explica que infelizmente no Brasil não há a mesma cultura. "O criador não é visto da mesma forma", diz o artista que completa: "Eles têm um olhar que te dá a importância do trabalho que você tá fazendo. E o meu trabalho merece respeito."

O reconhecimento internacional do designer também veio por meio exposição de suas peças no Museu do Louvre, em Paris, e na sua inclusão no acervo permanente do Brooklyn Museum de Nova Iorque.

Sobral conquistou cinco vezes o 'Etoile de Mode', o equivalente ao Oscar da Indústria de acessórios e teve suas obras encomendadas por nomes como Valentino e Chanel. "Queria fazer um negócio bem feito, não queria só fazer bijuteria". E citando o livro Fernão Capelo Gaivota de Richard Bach, completa: "Eu não queria só voar pra pegar as sobras dos barcos. Eu queria voar literalmente."

Hoje, Sobral divide o tempo entre a criação artística e trabalhos sociais na baixada fluminense. Sobre o rótulo de quem mantêm um espírito hippie por causa do início de sua carreira, quando estendia seu artesanato em portas de restaurantes, ele comenta com bom humor.

"Ou eu nunca fui, ou sempre fui e continuo sendo (hippie). Porque eu sempre fui criativo. Sempre fui um pouco marginal no meu trabalho. Eu sempre trabalhei com as mãos, sempre criando coisas e vendendo."

Para ele, é possível buscar formas de vida fora do modelo convencional, onde as pessoas vivem apenas "de casa para o trabalho e do trabalho para a casa". Diz que admira quem faça isso, mas que esse modelo não foi feito para ele. "Então se hippie é ter essa ideia, eu tenho essa ideia até hoje. Para mim, o sonho não acabou. Eu continuo vivendo da mesma maneira. Eu vivo do trabalho manual, vivo da criação que eu faço. Eu acredito na criatividade".

Serviço
Conversa com Roseann Kennedy – segunda-feira, dia 20/8, às 21h15, na TV Brasil

Da Gerência de Comunicação Institucional
Empresa Brasil de Comunicação - EBC
Contato: (21) 2117-6818

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 20/08/2018 - 10:45 e atualizado em 20/08/2018 - 10:45

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