Nesta edição do Diálogo Brasil vamos debater o racismo. O presidente da Fundação Cultural Palmares, Erivaldo Oliveira, e a educadora Glória Moura falam de variados tipos de discriminação, da construção da identidade negra, da mobilização nas redes sociais e de políticas públicas de enfrentamento.
Erivaldo Oliveira lembra que não há preconceito contra a cultura greco-romana, porque ela é estudada nas escolas, diferentemente do que ocorre com a história e a cultura africanas. Embora há quase 15 anos esse ensino seja obrigatório, por lei, na educação básica brasileira - tanto pela rede pública quanto pela particular -, ele vem sendo relegado. Glória Moura observa que há deficiência na formação e não basta a lei. Segundo ela, o racismo está internalizado na sociedade.
Para o presidente da Fundação Palmares, a cor da pele é fator de discriminação. Mas ele entende que a pessoa que é bem-nascida e ganha boa formação “sai cem metros à frente”. Erivaldo adverte, contudo, que é preciso “muito cuidado para não perder os referenciais”. A educadora Glória Moura se diz otimista e acredita que há avanços. Apesar disso, reconhece que a situação "nunca vai mudar tanto quanto a gente quer”.
O programa também conta com depoimentos de personalidades, como Lúcia Xavier, coordenadora-geral da ONG Criola; da rapper Joyce Fernandes, a Preta Rara; da cantora e compositora baiana Luedji Luna; da organizadora do Festival Latinidades, Bruna Pereira; e de Wanessa Yano, colaboradora da empresa de serviços tecnológicos Info Preta, formada por mulheres negras. Participam, ainda, um professor de história e vários alunos da Universidade de Brasília (UnB).
A TV Brasil exibe o programa Diálogo Brasil toda segunda-feira, sempre às 22h.
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