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Feminicídio: um crime de ódio

Brasil é o quinto país no mundo que mais mata mulheres

Diálogo Brasil

No AR em 04/09/2017 - 22:00

Uma denúncia de feminicídio foi registrada a cada quatro dias só no estado de São Paulo este ano. E pelos dados do Mapa da Violência, entre 1980 e 2013, mais de 106 mil mulheres morreram apenas por sua condição de gênero. Esses números colocam o Brasil como o quinto país no mundo que mais mata mulheres. 

Esta edição do Diálogo Brasil discute o que é o feminicídio, suas consequências e o que pode ser feito para mudar essa realidade. Participam do programa a defensora pública do Distrito Federal Dulcielly Nóbrega de Almeida e o psicólogo Osmar Francisco Santos. 

Feminicídio em pauta no Diálogo Brasil
Feminicídio em pauta no Diálogo Brasil - Divulgação

A defensora pública lembra que a casa é o espaço mais vulnerável, com a maior parte das agressões ocorrendo no ambiente doméstico. Ela acredita também que uma implementação mais efetiva da Lei Maria da Penha reduziria consideravelmente o número de feminicídio no Brasil. “A morte surge como o final de um contínuo de violências contra a mulher”, afirma Dulcielly Nóbrega de Almeida. 

Osmar Francisco acredita que uma das formas de mudar essa realidade é investir em educação e em políticas que favoreçam a presença de mulheres nos espaços de decisão.

“Falta compreensão do que é o ser humano e, por isso, se deve investir numa educação mais humanista, menos machista”. 

Pauliane Amaral, irmã da jovem Mayara Amaral, que foi brutalmente assassinada por três homens em Campo Grande (MS) no fim de julho, participa do programa por meio de vídeo e faz um apelo: “Aquele que levanta a voz para você hoje é o que vai te matar a marteladas amanhã. Então, denuncie ou pegue pela mão a mulher que está sendo vítima de violência e a ajude a denunciar”. 

Também participam do Diálogo Brasil, por vídeo, a técnica de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Natália de Oliveira Fontoura; a professora da Universidade Federal de Goiás e militante do movimento negro Elcimar Pereira; a representante da Liga Brasileira de Lésbicas, Amélia Tereza; a vice-presidenta da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Heliana Hemetério; a presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, Keila Simpson; a diretora da Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu, e a delegada especial de atendimento à mulher no Distrito Federal, Sandra Gomes. 

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Tags:  Feminicídio

Criado em 04/09/2017 - 16:50

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