A subutilização do transporte hidroviário é o tema deste Diálogo Brasil. O país tem 12 grandes bacias hidrográficas, com rios extensos e volumosos, mas usa as rodovias para transportar mais de 60% das cargas e as ferrovias para levar outros 21%, cabendo apenas 13% às hidrovias. Para debater o tema, o programa entrevista o coordenador-geral de informação da Secretaria Nacional de Transportes Terrestre e Aquaviário do Ministério dos Transportes, Antonio Maurício Ferreira Netto, e a coordenadora de desenvolvimento de transportes da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Fernanda Rezende.
Além da vantagem do frete mais barato, com a redução dos custos das empresas com logística, os dois convidados destacam os ganhos ambientais com o uso das hidrovias, inclusive como meio de ajudar o Brasil a cumprir as metas do Acordo de Paris. Citam, ainda, a geração de emprego e renda e a capacidade desse meio de transporte de induzir o crescimento local e regional com a abertura de portos e promover a difusão de conhecimentos. A representante da CNT, contudo, cobra regras mais claras e segurança jurídica para atrair investimento privado. Antonio Netto reconhece as restrições orçamentárias do país no momento, mas diz ser preciso buscar fontes de recursos, lembrando as experiências da Europa e dos Estados Unidos.
A falta de investimentos no setor é uma queixa também do presidente da Fenavega, a Federação Nacional das Empresas de Navegação, Raimundo Holanda e Filho, que faz uma participação no programa, por meio de vídeo. Em outros depoimentos gravados, o coordenador-geral de infraestrutura e logística para a agropecuária, Carlos Alberto Nunes Batista, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, fala das hidrovias na Amazônia, e o assessor especial de assuntos federativos da Presidência da República, Palmínio Altimari, tece considerações sobre projetos relacionados à Hidrovia Tietê-Paraná.
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