O Diálogo Brasil debate o atraso do país na implantação de uma infraestrutura que é vital para a população: o saneamento básico. Com a meta de universalização do acesso à água tratada e à coleta de esgotos até 2033 na expectativa de ser revista para mais de duas décadas à frente, passando para a segunda metade do século 21, o Brasil é hoje apenas a 112ª nação em ranking internacional do setor que inclui 200 países.
E poderia ser pior. Para os dois entrevistados desta edição, o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) no Distrito Federal, Marcos Montenegro, e o professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB) Oscar Cordeiro Netto, a situação seria ainda mais grave sem a Lei do Saneamento Básico, aprovada dez anos atrás.
Para o futuro próximo, Montenegro teme a piora do cenário. Com falta d'água e epidemias de dengue, zika e chikungunya em vários lugares do país, ele cita como um complicador a mais a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 55) que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos. Oscar Netto também destaca a importância do financiamento público para o setor e lembra que cada real investido em saneamento equivale a quatro de retorno em ganhos com saúde e aumento da produtividade, por exemplo.
Também participam do Diálogo Brasil, com gravações em vídeo, o pesquisador da Fiocruz em Minas Gerais e relator da ONU sobre água e saneamento, Léo Heller; o presidente-executivo do Instituto Trata Brasil – Saneamento é Saúde, Édison Carlos; e o pesquisador do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getulio Vargas (FGV/CERI) Rafael Martins de Souza. O programa vai ao ar às 20h30 pela TV Brasil.
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