Os debatedores começam por discordar do instrumento usado pelo governo Michel Temer para promover as correções de rumo na educação pública atual, que apresenta baixa qualidade, elevada taxa de evasão escolar, excesso de disciplinas, falta de estrutura e discrepância entre os conteúdos da sala de aula e a realidade dos alunos, além de não valorizar o professor.
O diretor institucional do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Antonio Neto, defendeu a opção do governo pelo instrumento da medida provisória. Para ele, a urgência que o assunto requer justifica a pressa, e “a MP trouxe o debate para este momento”. Já o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, discorda. Na avaliação dele, “a educação não é uma corrida de 10 metros, é uma maratona.”
Em defesa do conteúdo da MP, Antonio Neto disse que “a lei não entra em questões que desestruturam o sistema, não é mandatória”. Daniel Cara, por sua vez, aponta que a medida “não está em consonância com o que vinha sendo discutido” e carece de debate mais amplo, para que reflita o desejo do conjunto da sociedade.
Este Diálogo Brasil conta ainda com depoimentos do secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Rossieli da Silva; do gerente de Conteúdo do Movimento Todos pela Educação, Ricardo Falzeta; da fundadora do Mapa Educação Tábata de Pontes; de alunos e de pais de estudantes.
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