Apesar da pouca divulgação, no dia 10 de setembro, várias ações marcaram o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, cujo ponto alto é a campanha Setembro Amarelo.
Para analisar essa mobilização, o jornalista da TV Brasil Oussama El Ghaouri recebe o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, e a coordenadora do Centro de Valorização da Vida (CVV) do Distrito Federal, Tânia Zeredo.
Os números que envolvem essas tragédias são altos. No Brasil, a taxa de suicídio é de uma morte a cada 45 minutos, o equivalente a 32 pessoas por dia. Além disso, ao menos outros 60 brasileiros tentam tirar a vida diariamente. No total, o país registra cerca de 12 mil suicídios por ano. Um alerta para a gravidade desse problema de saúde pública é que 9 em cada 10 casos poderiam ter sido evitados.
Para o presidente da ABP, esse número pode ser ainda maior, uma vez que há uma subnotificação dos casos de suicídio. “Sabemos que praticamente 100% daqueles que tentam suicídio ou se suicidaram tem algum tipo de doença mental”, declara Antônio Geraldo “50% a 60% das pessoas que se suicidam nunca passaram por um profissional de saúde mental.”
Para Tânia Zeredo, o preconceito, o bullying e a solidão podem agravar o problema. “Os familiares, muitas vezes por falta de entendimento da doença, acham que a pessoa está de má vontade, que ela não quer ficar bem. Então, o processo de isolamento vai aumentando”, explica.
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