No episódio "A Vovó que virou Avó" do programa É a Vovozinha!, algumas mulheres contam um pouco sobre a experiência de um dia virar avó.
Ana Catarina Hellmeister, professora de ensino superior, fala que, no primeiro momento, foi assustador: "Uma surpresa! Mas de uma forma não muito boa, de início, porque eu não me via como uma avó. Eu achava que não tinha idade, nem perfil, nem imagem, nem características físicas para ser uma avó."
Virar avó para muitas é um sinal claro de que a velhice está chegando. Por isso, essas mulheres passam por isso de uma forma turbulenta, já que envelhecer significa perder. Outras, já percebem que "é uma das melhores coisas da vida", pois já foram mães e agora querem apenas curtir os netos, sem a responsabilidade de educar.
É assim para Deusdete, líder comunitária, que tem 12 netos e aconselha todo mundo a ser avó. "Eu sou uma pessoa que adoro me divertir, eu não sou a avó que fica dentro de casa fazendo crochê, tricô. Eles brincam comigo como se eu não fosse a avó, mas uma amiga deles", ensina.
E, em alguns casos, a avó acaba assumindo de novo o trabalho de cuidar, já que as mães que trabalham fora não têm outra alternativa senão deixar a criança com a avó. Como é para uma senhora com uma certa idade voltar a ficar com criança pequena? Será que este trabalho é exaustivo, depois de anos de labuta?
Para a jornalista Mariluce Moura, os netos são uma paixão absoluta, e ela conta como faz para ajudar a filha a cuidar dos netos. "Roubando assim um tempinho entre as coisas, eu consigo tomar conta deles à noite, para a filha fazer não sei o quê, dar uma força ali. Evidentemente que eu não dou o suporte que uma mulher que esteja mais dedicada à família pode dar, mas eu acho que algum suporte no limite dos meus trabalhos, eu realmente dou."
Ana Catarina explica que a única preocupação destas avós é curtir os netos. "Eu não sou a educadora destas crianças, eu acho que o papel da avó tem que ficar muito claro. Eu respeito com absoluta tranqüilidade a educação que eles tem", resume.
O programa analisa esta delicada questão através de depoimentos, matérias e reportagens na rua, sempre com muito bom humor e delicadeza.
Horário: 20h
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