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Pecado e Penitência

O que pensam as diversas crenças sobre pecado e penitência

Entre o Céu e a Terra

No AR em 06/11/2016 - 15:00

Alberto e taxista debatem sobre a éticaTodas as religiões possuem orientações mais ou menos amplas sobre o modo correto de se fazer as coisas. Apresentar quais são estas regras e leis, como surgiram e as consequências de suas transgressões é tema deste episódio de Entre o Ceú e a Terra.

A grosso modo, é possível dividir as religiões em dois grupos: as religiões morais e as amorais. No primeiro estão as religiões que possuem clara diferença entre o bem e o mal. Às religiões amorais pertencem aquelas que acreditam que o bem e o mal são constituintes do humano, caso das religiões de matrizes africanas e indígenas.

Segundo o sociólogo Reginaldo Prandi, nas religiões morais, é fundamental a idéia de dever, retribuição e piedade para com o próximo, e que isso deve ser a razão de existência do fiel e o meio de sua salvação. A transgressão está relacionada a ultrapassagem de um princípio ético, normativo. Nesse tipo, a religião é fonte e guardiã da moralidade entre os homens, já que deus é a potência ética plena e em si. Nas religiões mágicas, amorais, ao contrário,  não há a ideia de salvação, a de busca necessária de um outro mundo em que a corrupção está superada, mas sim a procura de interferência neste mundo presente através do uso de forças sagradas que vêm, elas sim, do outro mundo.

Diante disso percebe-se que conceitos como pecado não fazem sentido para o candomblé e o budismo, por exemplo. Mesmo assim, a ideia de que se deve tentar viver uma vida melhor, e amar o próximo, é comum a todas as religiões e os textos sagrados e ensinamentos orais são riquíssimos em valores.

Na ficção, Alberto está num táxi e conversa com o taxista, que está convicto de que a sociedade se degenerou. Ele conta que outro dia transportava um casal que fazia no táxi coisas que nem dentro de casa se faz. Onde  esse mundo vai parar?, interroga o motorista. Alberto, então, dá um pequeno pretexto histórico da origem do pecado e avisa: desde que o mundo é mundo a gente tem a impressão de que o homem se degenerou. Os dois tem um certo conflito na visão de mundo de cada um e se irritam um com outro.

Apesar de opiniões diferentes, o taxista deixa Alberto no ponto combinado. Porém, assim que ele vai embora, Alberto se dá conta de que esqueceu a carteira e o celular no banco do táxi. De um telefone público, Alberto liga para seu aparelho, que é atendido pelo próprio taxista. Ele combina de devolver tudo. E quando se encontram novamente, o taxista defende os valores corretos. Alberto ainda o provoca e eles debatem mais alguns pontos: será que o taxista só faz o bem por recompensa divina? De onde surge a ética? Por que agir de certa maneira, ainda que aquilo não traga qualquer recompensa?

 

 




Ficha Técnica
Produção: Realejo Filmes
Direção Geral: Marcelo Machado
Direção e Produção Executiva: Thomas Miguez
Roteiro: Daniele Ricieri, Marcos Lazarini e Thiago Dottori
Elenco: Clayton Mariano e Lieser Touma

Entrevistados
Padre Júlio Lencellotti | Igreja Católica | SP
Pastor Rafael Rossi | Igreja Adventista do Sétimo Dia | DF
Babalorixá Ivo de Xambá | Candomblé | PE
Pai Alexandre Meireles | Umbanda | SP
Julia Nezu | Espiritismo | SP
Pedro dos Santos Uiriri | Povo Guajajara | MA
Daniel Sottomaior | Ateu | SP
Sheikh Jihad Hammadeh | Islamismo | SP
Jorge Claudio Ribeiro | Cientista da Religião | SP
Mario Sergio Cortella | Filósofo | SP

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Criado em 29/04/2015 - 15:35 e atualizado em 01/11/2016 - 12:35

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