O turismo LGBT movimenta por ano cerca de R$ 150 bilhões no mundo, segundo a Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes (Abrat GLS). Dados da Organização Mundial do Turismo revelam também que o setor geral de turismo cresce em torno de 3%, enquanto o segmento LGBT registra três vezes mais: quase 11% ao ano. Pensando neste público e suas demandas específicas, o empresário Fernando Sandes criou, em 2015, o site Viajey.
A plataforma de viagens oferece dicas, agencia pacotes e até organiza intercâmbios para pessoas LGBT. "A ideia surgiu quando se verificou que existia um lapso de informação para a comunidade LGBT sobre respeito à diversidade nos lugares. Hoje ainda se tem mais de 70 países que criminalizam a homossexualidade", explica Fernando.
Se andar de mãos dadas na rua pode ser trivial para qualquer viajante, um casal LGBT ainda pondera o ato devido às incertezas de um mundo no qual intolerância e preconceito são latentes. E por isso iniciativas como a do Viajey, que destaca lugares "gay-friendly" e seguros para visitar, se fazem mais que necessárias.
Apesar do longo caminho em prol do respeito e tolerância, Fernando avalia que já há avanços no setor. "A gente vê outros destinos crescendo e se mostrando pro mundo como amigáveis", diz. Informação e representatividade na mídia são fatores que contribuem para esta caminhada.
Em 2016, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério da Justiça, lançou um guia com dicas para promover a inclusão e o bom atendimento a lésbicas, gays, transexuais, travestis e bissexuais.
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