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"Sempre fui muito mais discriminado como cego do que como gay", desabafa poeta Glauco Mattoso

Estação Plural recebe Glauco Mattoso

  

O escritor Glauco Mattoso perdeu por completo a visão nos anos 1990 em decorrência de um glaucoma. A nova condição limitou sua carreira nas artes visuais e ele passou a dedicar-se a escrever letras de músicas e à produção fonográfica. No Estação Plural, o poeta compartilhou que a deficiência visual lhe tirou todos os seus referenciais, obrigando-o a reaprender. Afinal, "a gente vive num mundo feito por e para pessoas que enxergam ou ouvem ou andam normalmente", critica.

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Glauco também avalia que um "cego de nascença" se adapta mais facilmente do que quem já teve visão. No entanto, considera que as limitações são muitas e dispara:"Eu sempre fui muito mais discriminado como cego do que como gay, porque as pessoas não estão preparadas ou simplesmente se recusam a tentar ajudar ou a compreender", desabafa.

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2015, dos quatro tipos de deficiência pesquisados (auditiva, visual, física e intelectual), a deficiência visual é a mais representativa e atinge 3,6% dos brasileiros, sendo mais comum entre as pessoas com mais de 60 anos (11,5%). A pesquisa mostra também que 0,4% são deficientes visuais desde o nascimento e 6,6% usam algum recurso para auxiliar a locomoção, como bengala articulada ou cão-guia. O grau intenso ou muito intenso da limitação impossibilita 16% dos deficientes visuais de realizar atividades cotidianas, como trabalhar, ir à escola ou brincar.

Para algumas atividades no ambiente digital, inclusive para o trabalho, Glauco conta com o suporte de softwares, como de leitores de voz e o Dosvox, sistema desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro para facilitar o uso de computadores para deficientes visuais. Ele revela que, com o uso do Dosvox, já escreveu mais de 50 livros.

 

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Criado em 09/02/2017 - 16:15 e atualizado em 10/02/2017 - 11:00 Por Davi de Castro

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