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Conheça o legado da psiquiatra Nise da Silveira

A médica alagoana revolucionou o tratamento da saúde mental e inspirou

Estúdio Móvel

No AR em 21/07/2016 - 23:50

Roberto Berliner, diretor do filme Nise - Coração da Loucura, fala sobre o processo de construção do filme com Liliane Reis

O programa desta quinta-feira (21/7) é dedicado à arte, ao afeto e à loucura. As mesmas palavras que guiaram o trabalho de Nise da Silveira, renomada médica psiquiatra brasileira que dedicou parte dos 95 anos de sua vida à saúde mental e revolucionou o tratamento da loucura no Brasil.

No estúdio, Liliane Reis conversa com Roberto Berliner, diretor do filme “Nise – O Coração da Loucura”, que conta a história da doutora, interpretada por Glória Pires, e da relação dela com os pacientes, dentre eles, o Fernando Diniz, artista plástico que foi descoberto por ela durante o tratamento.

Para Roberto Berliner, escolher um período da vida da psiquiatra para retratar no filme foi uma tarefa difícil. “Escolhi o momento em que ela volta do exílio e da prisão em 1944 e se depara com os novos métodos de tratamento da loucura, métodos considerados modernos, tais como, eletrochoque, lobotomia, confinamento”, afirma Berliner. Nise passa então a comparar os novos métodos de tratamento às torturas que viu na prisão. Além de se opor às práticas psiquiatras da época, ela começa utilizar a arte como principal ferramenta de tratamento dos pacientes.

O mesmo hospital em que Nise iniciou o seu trabalho, o Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, hoje conhecido como Instituto Nise da Silveira,  no bairro do Engenho de Dentro, Rio de Janeiro  (RJ). Desde 2012, abrigava o Hotel da Loucura, projeto que promovia a saúde mental através da arte. Idealizado e administrado pelo médico e ator Vitor Pordeus, o Hotel e Spa da Loucura foi descontinuado em maio de 2016. Para maiores uinformações acesse o site da iniciativa.

“Viemos pra cá por causa da Nise.  Por causa dela eu me tornei psiquiatra, por entender que a Nise deixou pra nós uma obra muito importante, uma obra científica, que é um método de promoção da saúde não só para o doente mental, mas para todas as pessoas. Afeto sozinho não cura, criatividade sozinha não cura, mas os dois juntos são capazes de circular os conteúdos internos”, completa Vitor Pordeus.




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Criado em 21/07/2016 - 14:29 e atualizado em 22/07/2016 - 14:35

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