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Jorge Furtado fala sobre o jornalismo na época das redes sociais

O impacto da internet sobre a imprensa estimulou o cineasta gaúcho a

Estúdio Móvel

No AR em 22/08/2016 - 21:30

Jorge Furtado e Liliane Reis

A comunicação de massas e as redes sociais são os palcos mais visíveis das disputas políticas e econômicas. Um dos grandes nome do cinema brasileiro, o gaúcho Jorge Furtado, é autor de um documentário sobre os bastidores da relação entre imprensa e poder,  “Mercado de Notícias”.

Com foco na mídia e na democracia, o documentário intercala depoimentos de 13 jornalistas brasileiros com trechos da peça "The Staple of News", escrita pelo inglês Ben Jonson no século 17. A obra foi traduzida pelo próprio diretor e foi umas das  inspiração para o documentário.

“Quando começou a Internet e as redes sociais eu vi muita gente falando que o jornalismo não era mais necessário, no entanto, eu pensei exatamente o oposto, mais do que nunca precisamos de bons profissionais de jornalismo para poder lidar com confusão das informações que a internet pode ser. Observando esse cenário eu fui estudar como começou o jornalismo, li um livro chamado a História Social da Mídia, nesse livro falava da peça do Ben Jonson escrita em 1616, fazendo uma crítica feroz ao jornalismo que estava começando, com apenas 3 anos”, comenta Jorge Furtado. 

O cineasta disse que ficou impressionado como a percepção do Ben Jonson em relação aos problemas do jornalismo e como a crítica feita naquela época se encontra tão atual.  “O interesse econômico por trás da mídia, o cara que planta a informação, a futilidade do público que quer notícia boba e não está muito interessada na notícia séria, as falsas notícias, tudo isso ele percebeu que era um grande problema do jornalismo, pessoas que estavam querendo aparecer no jornal para ter poder, inimigos políticos que utilizavam o jornal para conquistar mais coisas. A grande questão do jornalismo, que é inescapável, é a verdade, por mais que digam que a gente não consegue alcançar, precisamos no mínimo buscar”

Na conexão, a jornalista Gizele Martins, compartilhando a importância da produção de notícias voltada para o contexto comunitário, analisando suas experiências na Favela da Maré, no Rio de Janeiro. Ela ressalta a relevância da democratização da comunicação para romper os preconceitos: “A favela não é criminosa é criminalizada, não é violenta, é violentada e não é marginal, é marginalizada. A mídia comercial criminaliza e precisamos lutar pela democratização da comunicação, é dessa forma que a gente consegue colocar a nossa cultura, nossa religião, nossas questões de vida. Democratizando a comunicação a gente democratiza também os direitos”.




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Criado em 18/08/2016 - 20:57 e atualizado em 23/08/2016 - 13:46

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