O Estúdio Móvel recebe a atriz brasileira Letícia Sabatella. Os que estão habituados a vê-la na televisão ou no cinema, vivendo personagens doces ou com personalidade forte, certamente vão se surpreender com seu talento musical. Da mesma maneira, os que a conhecem como ativista social, vão precisar de ouvidos e olhares sensíveis quando vê-la nas suas duas produções mais recentes.
Com voz mansa e uma fala pausada, Letícia recebeu o Estúdio Móvel no teatro do CCBB, no Rio de Janeiro, onde estava em cartaz com a peça “Trágica.3”. Ainda vestida com o figurino da peça, na qual, Letícia interpreta a deusa grega Antígona, Liliane Reis começa a entrevista com ela, mas o papo não se direciona pela trajetória dela como atriz, e sim, pela sua veia musical que está pulsando cada vez mais forte.
O espetáculo Tragédia.3 é uma releitura de três tragédias gregas: "Antígona", "Medeia" e "Electra", vividos por Letícia Sabatella, Denise Del Vecchio, Miwa Yanagizawa respectivamente. A direção fica por conta do Guilherme Leme. Fernando Alves Pinto e Marcello H integram o elenco como Hêmon e Orestes. Letícia Sabatella abre o espetáculo onde interpreta, canta e toca piano. A trilha sonora da peça é assinada por ela e pelo marido, Fernando Alves Pinto, a mesma foi indicada ao prêmio shell de melhor trilha sonora.
3 heróinas, 3 tragédias gregas e 3 grandes atrizes, no entanto elas não contracenam entre si, uma opção da direção do Guilherme Leme - “O Gui sempre martelou nisso. São performances...Acho que é a experência em que eu me sinto mais livre dentro do teatro, acho que é o trabalho mais intenso. Esse é melhor trabalho que eu fiz no teatro.” Confessa Letícia Sabatella durante a entrevista.
No Segundo Bloco do programa Letícia retorna para falar de um outro, o seu primeiro projeto autoral, o “Caravana Tonteria”, onde ela faz pareceira com novamente com o seu marido, Fernando Alves Pinto e interpréta as suas próprias composições. Surpresas à parte, ela sempre teve a música como herança e paixão e, hoje, apenas expressa esta memória que traz da infância no Paraná.
Quem participa também do programa é a banda Os Vulcânicos. Um trio visceral de garagem. É apenas um trio, mas no palco parece que se multiplicam em muitos por causa das informações sonoras. Com a formação básica de baixo, guitarra e bateria, quem escuta o som faz uma viagem no tempo lá pelos anos 60 e 50 quando a música eletrificada ainda era uma novidade. Com forte leitura contemporânea eles fazem uma espécie de garage rock, misturando com surfmusic e rockabilly. A banda se formou em 2010 desde então O trio foi um dos responsáveis pela cena mais rock da Lapa/Centro do Rio de janeiro, onde agitaram eventos, shows e uma multidão interessada em manter a cena do rock sempre viva! Liliane Reis conversa com dois dos integrantes da banda Dony Escobar e Filipe Proença.
Do Belém do Pará para o Estúdio Móvel. Um papo com desenheista e ilustrador Otoniel Oliveira. Desde pequeno a história em quadrinho fez parte da sua vida. Quadrinista independente, hoje Otoniel é diretor do Estúdio Iluminuras. Ele vem ao Estúdio Móvel contar um pouco do cenário do HQ no norte do Brasil e contar a sua trajetória como artista. “O que a gente vê, hoje em dia, no mercado de quadrinhos no cenário brasileiro é um desenvolvimento mais forte do quadrinho de autor. Com as plataformas de catarse, financiamento coletivo e a forma como a impressão gráfica ficou mais barata. É possível conseguir produzir quadrinhos independentes, que é da onde eu vim.” - Comenta Otoniel durante a entrevista.
Apresentação: Liliane Reis
Direção: Alê Montoro
Produção Executiva: Carlos Colla, Leonardo Sousa, Luca Bastolla, Mirian Magami, Poliana Guimarães, Vida Oliveira
Produção: Kamyla Abreu e Joana Martins
Roteiro: Fernando Mozart, Délcio Teobaldo
Estagiária: Herval Peixoto
Edição: Isabelle Valente, Jeovan Barbosa, Carlos Damião, Rodrigo Morais, Carolina Rodrigues, Marco Machado
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