O percentual de mulheres nas produções audiovisuais brasileiras é de 40%, apesar desse número ter crescido nos últimos anos, a participação da mulher no cinema ainda é muito desproporcional a dos homens. O Estúdio Móvel recebe duas cineastas que vêm batalhando para modificar esse cenário, Marina Person e Susanna Lira.
Marina, filha do cineasta Luís Sérgio Person, além de extensa carreira na televisão, já realizou um longa sobre o pai, documentários e agora lança “Califórnia”, uma ficção sobre jovens do Brasil na década de 80 vivenciando questões da época como a Aids. Já a diretora Susanna Lira assina projetos com temáticas fortes, porém com leveza e sensibilidade. “Eu faço filme com assuntos muito difíceis, entro em situações muito dramáticas, que para muitos, talvez não fosse adequado para uma mulher, por exemplo. Então eu só consegui fazer porque eu inventei um modo de fazer”, afirma ela que dirigiu o longa “Soropositivo” e a série “Mulheres em Luta”.
Para Marina Person, o grande problema é o machismo presente não só no meio audiovisual, como na sociedade de uma forma geral: “ Acho que a contribuição que podemos fazer é a de trazer a nossa voz, as nossas questões, a nossa humanidade para esse meio que é tão dominado por homens. Hoje em dia é muito desigual e não faz sentido ser assim.”
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