Liliane Reis recebe o cantor e compositor Letto. Nascido no Rio de Janeiro, o cantor passou grande parte da sua vida em Natal (RN). Há quatro anos voltou para o Rio de Janeiro. Quando perguntado sobre as suas raízes, Letto não tem dúvidas: “eu me descobri cada vez mais nordestino aqui no Rio”.
A poesia foi o início de tudo, ele participava da Sociedade dos Poetas Vivos e foi aos poucos incluindo a música na sua forma de criar. De lá pra cá, lançou quatro discos, três em Natal e um no Rio de Janeiro. Hoje adotou uma estratégia diferente, lança singles no lugar de álbuns - “Sempre tive dificuldade de elaborar discos com repertório grande, como agora eu mantenho o meu próprio estúdio, tenho mais independência para gravar, então prefiro lançar singles, me concentrar em uma música que já vem com o clipe”, comenta Letto.
Apesar da afinidade pelo rock, suas canções nascem de forma aberta a ritmos variados e experimentais, vestidas de metáforas e melancolia. “Algumas pessoas falam que a minha música propõe imagem, gosto disso, eu gosto da poesia ter formas e formatos dentro dela”, completa Letto.
Na conexão, direto de Olinda (PE), um papo com o grafiteiro e ilustrador Bozó Bacamarte. O artista gráfico é fortemente influenciado pelas gravuras da literatura de cordel, ao qual acrescenta uma energia contemporânea.
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