Seguindo a máxima, meu corpo, minhas regras, o Estúdio Móvel está no ar para conversar sobre corpo e liberdade.
As mulheres são diariamente bombardeadas por anúncios de procedimentos estéticos, produtos para beleza e emagrecimento, revistas com dietas milagrosas... De acordo com esses anúncios, a felicidade, a beleza e a saúde estão intrinsecamente ligadas à magreza. Essa pressão social atinge homens e mulheres, como se a forma do corpo resumisse tudo o que uma pessoa é.
Liliane Reis bate um papo sobre o assunto com o antropólogo Marcelo Ramos, que pesquisa gênero e corpo no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ:“ Os indivíduos tentam imitar atos, gestos e corpos que têm sucesso, que obtiveram prestígio. Na nossa sociedade há uma valorização extrema da magreza com o sucesso das top models, uma valorização da juventude.”
No estúdio, a atriz e cantora Renata Celidônio fala sobre a estética. Após perder mais de 60 quilos, a atriz fala da transformação do corpo e como isso afetou a sua carreira. “Quando eu decidi emagrecer, as pessoas me cobravam, quase uma cobrança as avessas, sempre fui feliz mesmo acima do peso, mas eu me descobri mais feliz estando mais leve. Com 154 kg eu tinha facilidades e desejos, mas tinha muitas dificuldades no dia a dia. No teatro, por exemplo, se não tivesse uma cadeira especial, eu não conseguia ver uma estreia. Então, eu comecei a deixar de ir”, comenta a atriz.
Renata ressalta que a epidemia da obesidade começou há uns 30 anos, na mesma proporção que crescia o consumo de produtos para emagrecimento. Ela confessa que já fez loucuras para emagrecer, mas hoje é contra a ditadura dos números, o que busca é um corpo harmônico e saudável.
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