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Yossi Shelley: segurança é principal ponto que Brasil precisa melhorar

Embaixador de Israel é o entrevistado do programa Impressões

Impressões

No AR em 07/05/2019 - 23:00

Em entrevista à jornalista Roseann Kennedy, o embaixador de Israel, Yossi Shelley, afirmou que a segurança é o ponto principal que o Brasil precisa melhorar e demonstrou confiança de que a parceria com os israelenses vai ajudar o país a superar esse problema. “No Brasil tudo é bom. Precisa melhorar um pouco a segurança. Um pouco e tudo vai decolar”, disse. 

Yossi Shelley observou que quando os turistas chegam, por exemplo, eles querem passear e não ter que ficar cuidando, com medo de serem surpreendidos por algum ato de violência. Mas o embaixador também ponderou que vê avanços no país: “Vi nos jornais que a estatística (sobre segurança) melhorou em todo o Brasil”. 

Embaixador de Israel, Yossi Shelley, demonstra confiança de que a parceria com os israelenses vai ajudar o Brasil em relação à segurança
Embaixador de Israel, Yossi Shelley, demonstra confiança de que a parceria com os israelenses vai ajudar o Brasil em relação à segurança - Divulgação/TV Brasil

O embaixador destacou que Israel é conhecido como um dos países com mais segurança no mundo e avaliou que muitos projetos podem ser aproveitados aqui. Ele explicou que o enfrentamento à violência envolve recursos humanos, tecnologia e inteligência artificial. 

“Antes de entrar com a força, manda um drone. Usa equipamentos para seguir o bandido. A vigilância deles deve ser na base da tecnologia”, exemplificou e completou com um alerta: “De um lado o drone ajuda, mas de outro atrapalha. Porque as facções usam também. Cada coisa de inteligência leva a outro desafio. É a contra-inteligência”. 

Recentemente, os governos brasileiro e de Israel firmaram cinco acordos de cooperação nas áreas de defesa, serviços aéreos, prevenção e combate ao crime organizado, ciência e tecnologia e um memorando de entendimento em segurança cibernética. Shelley destaca que, além dessa ação governamental, o setor privado também pode avançar para melhorar a segurança, principalmente porque a burocracia pode gerar entraves no setor público. “Com governo é mais difícil. Tem regras, acordo, licitação. Mas o mercado privado está cheio de tecnologia israelense”, ressaltou. 

O embaixador revelou que em seu processo de adaptação no Brasil, onde ele está há dois anos, a maior dificuldade que enfrentou foi justamente em relação à demora para a tomada de decisões no país. “Nós (israelenses) tomamos decisões muito rapidamente. Se você tem uma ideia, faz. Se não consegue, faz de novo. Persistência”, ensina. 

Ele disse compreender que o Brasil é muito grande, com muitos estados e orçamentos, mas complementou: "É preciso tomar decisão". Acho que agora o governo é mais forte para tomar decisões, vi isso em alguns ministérios. 

Para ele, a eleição do presidente Jair Bolsonaro e a reeleição do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu vão fortalecer a relação entre as duas nações. “Nós sabemos que depois da troca de governo foi um grande amor entre Brasil e Israel. E quando está fazendo negócios na política é muito importante conhecimento entre as pessoas. O calor humano entre as pessoas faz a diferença”, analisou. 

Roseann Kennedy entrevista o embaixador de Israel, Yossi Shelley
Roseann Kennedy entrevista o embaixador de Israel, Yossi Shelley - Divulgação/TV Brasil

Para Yossi Shelley, seu povo tem uma dívida com o Brasil. “Chegou muito judeu aqui e sempre o Brasil foi aberto. Nós temos um débito com o Brasil. Por isso, a relação entre os dois países vai ser mais forte do que foi antes”, apostou. 

Apaixonado por futebol, comida brasileira e até pelo frevo pernambucano, Yossi contou que já sente falta do país até quando viaja. “Desafios o Brasil tem. Tem alguns problemas aqui. Mas é um bom país”, concluiu.  

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Criado em 06/05/2019 - 11:05

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