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Diversidade

A história da evolução até a reprodução de seres únicos

Jornada da Vida

No AR em 19/01/2011 - 03:00

Jornada da Vida

No episódio desta quarta (19), Steve Leonard mostra que a vida na Terra nem sempre foi tão complicada quanto é hoje. Tudo começou a mudar há três bilhões de anos, quando rochas no fundo do oceano chamadas estromatólitos geraram uma pequena alga azul-esverdeada. Assim, se produziu a primeira molécula de oxigênio. Sem ele, a vida não existiria. Abastecida pelo oxigênio, um novo tipo de célula surgiu. Vinte vezes mais eficientes do que as outras, esta nova célula descobriu uma maneira mais fácil ainda de conseguir mais energia: devorando outras células. Surge o primeiro predador da Terra.

O embate entre presa e predador prossegue durante centenas de milhões de anos. Enquanto os predadores procuram uma maneira de caçar e matar melhor, a presa desenvolve sua defesa. Essa corrida pela sobrevivência formou os corpos e as vidas dos seres vivos de hoje. A caça voraz dos predadores faz com que as presas desenvolvam maneiras de contra-atacar. Às vezes, isso depende apenas de utilizar os suas habilidades de maneira diferente. De fato, a competição é tão importante para os animais que é capaz de causar mudanças no formato do corpo deles.

A competição fez com que os animais desenvolvessem hábitos alimentares diferentes, possibilitando que vivessem em harmonia. Mas nem sempre é assim. Em Madagascar, diferentes grupos de lêmures disputam a mesma comida e território. Já outros animais trabalham unidos pela sobrevivência. É o caso dos suricates, um dos poucos mamíferos que se divide em várias tarefas: enquanto o resto da família procura alimento, um deles fica de guarda para vigiar possíveis predadores. Abelhas e formigas levaram este espírito de cooperação ao extremo, sendo capazes de criar colônias gigantescas.

Uma reação importante acontece dentro do próprio corpo humano. Células de bilhões de mitocôndrias geram energia através do alimento ingerido. Isso começou há bilhões de anos,, quando a mitocôndria ainda vivia de forma independente, até que uma célula ancestral a tomou para si. Mas, ao invés de digeri-la, a célula preferiu firmar uma aliança bem-sucedida com sua presa. Unidas, as duas formaram uma super célula, que hoje é o elemento fundamental para a constituição de quase todos os seres vivos. Mas essa vida iria ter que lidar com um pequeno, porém poderoso, parasita inimigo: o vírus.

Para lutar contra esse inimigo letal, a natureza criou a reprodução sexuada. Ela não trata apenas de se reproduzir: a clonagem, por exemplo, já daria conta disso, criando novos espécimes em quantidade. A importância da relação sexual é que ela cria indivíduos, mesmo que eles tenham a mesma origem. Neste tipo de reprodução, o material genético é embaralhado de maneira que cada espermatozóide e cada óvulo é único. Quando os dois se unem, o resultado é um ser igualmente único. Assim, células individuais podem ser mais resistentes, capazes de deter o acesso dos vírus.

A reprodução criou hábitos como o do alce americano: a cada outono, machos tentam impressionar as fêmeas. Apenas os mais fortes terão a chance de se reproduzir. No caso do pavão, o critério de escolha é a aparência - os escolhidos são os que tem a penugem mais exuberante. Já com o mandarim, a pigmentação vermelha das pernas determina a escolha. No lago Malawi, o terceiro maior da África, encontra-se uma profusão de peixes cliclídeos - são mais de 1.700 espécies, todas criadas a partir da relação entre machos e fêmeas. Portanto, embora as relações entre seres vivos não possam sempre ser fácies, sem ela jamais poderia existir esta incrível diversidade de vida.

Apresentação Steve Leonard
Direção Miles Barton
Produção executiva Neil Nightingale
Produção James Honeyborne, Tim Martin e Mark Flowers
Coprodução BBC/Discovery Channel
Horário: Quarta, às 23h




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Criado em 19/01/2011 - 13:14 e atualizado em 19/01/2011 - 13:14

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