Responsável pela Balada Literária – um dos eventos de literatura mais importantes do país, em São Paulo – Marcelino Freire dá palestras, promove debates literários, conduz oficinas e ainda encontra tempo para escrever. Seu sexto livro, o romance “Nossos Ossos” está entre os assuntos abordados no Trilha de Letras, que vai ao ar na quinta-feira, dia 1o, às 21h30, pela TV Brasil.
Raphael Montes pede a opinião do convidado a respeito dos festivais de literatura, hoje populares no país. E pergunta sobre o atual caminho que os autores iniciantes percorrem até suas obras alcançarem reconhecimento. Para Freire, os escritores de hoje não são responsáveis apenas por criar, mas desempenham o papel mais importante quando se trata de promover e distribuir seu livro.
“Hoje, quem faz a literatura é o autor. Houve um tempo em que a literatura era feita pelas grandes editoras. Você ser publicado pela José Olympio, como Graciliano Ramos, José Lins do Rego, era ser imediatamente consagrado”, lembra Freire. “Houve a época das grandes editoras e houve a época dos grandes críticos. Você ter uma crítica do Antonio Candido ou do Wilson Martins no Jornal do Brasil era consagração imediata. Com Clarice Lispector foi assim, João Antonio foi assim. Não existe mais o Jornal do Brasil, não existe mais crítica em jornal, não existe mais suplemento literário (…) O maior distribuidor de livros no Brasil de hoje é o 'sovaco': você coloca o livro debaixo do braço e sai.”
O programa traz também depoimentos do jornalista e gestor cultural Claudiney Ferreira, do jornalista e crítico literário Manuel da Costa Pinto e da escritora e “booktuber” Thati Machado.
Trilha de Letras vai ao ar toda quinta-feira, às 21h30, com apresentação do escritor Raphael Montes.
Serviço:
Trilha de Letras – escritor Marcelino Freire
Quinta-feira, 1o de junho, às 21h30, na TV Brasil.
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