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Socióloga analisa reality show sob a ótica da indústria cultural

Pesquisadora compara narrativas em diferentes momentos históricos

A socióloga Silvia Viana analisa no Mídia em Foco os reality shows sob a ótica da indústria cultural, a qual, segundo ela, se incumbe da reposição da vida em capitalismo. Se hoje em dia os hábitos culturais já não são os mesmos de outrora, por exemplo, a narrativa dos programas de tevê também acompanha essas mudanças.

Silvia explica que há quatro décadas o mote dos programas de tv e telenovelas era o "happy ending", o famoso final feliz das histórias. "Isso correspondia a uma forma de organização do capitalismo, que, por exemplo, colocava a questão da ascensão social, de que se você trabalhar muito terá uma vida melhor". 

Já o reality show, de acordo com a socióloga, não traz nenhuma garantia, apenas a "voz" da vida cotidiana. "Ele promete que se você batalhar muito, se humilhar, se ferrar, passar por coisas terríveis, se você se machucar, fizer mal aos outros e a si, você talvez não seja eliminado", enfatiza. 

Para Silvia, tratam-se de dois momentos históricos com duas narrativas diversas, mas todas com o objetivo de cumprir o papel da indústria cultural: "a permanência do mundo tal como está. Ela repõe, repõe e nunca foge desse mundo", argumenta.

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Criado em 16/03/2018 - 12:55 Por Davi de Castro/TV Brasil

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