O Musicograma desta semana relembra os momentos mais marcantes de Monarco e Noca da Portela, dois ícones da tradicional escola de samba carioca. Nascido em 1933, Hildemar Diniz, o Monarco, conheceu a Portela aos dez anos de idade, quando morava no bairro Oswaldo Cruz. A partir da década de 1950, passaria a integrar a ala de compositores da Portela, tornando-se um dos integrantes mais queridos da escola.
Já Noca da Portela, apesar de pertencer à mesma geração que Monarco, só entraria para a azul-e-branca em 1967, a convite de Paulinho da Viola. Antes disso, o autor de tantos sambas-enredo havia atuado nos Unidos do Catete e nos Unidos do Tuiti.
Autor de mais de 50 sambas, Monarco é reconhecido pela autenticidade dos seus sambas de terreiro ou de raiz. O Musicograma homenageia o músico com a exibição de Tudo menos amor; Passado de glória; Vivência no morro; O quitandeiro; Homenagem à velha guarda; Coração em desalinho; e Vai vadiar. Enquanto as duas últimas fizeram sucesso na voz de Zeca Pagodinho, Tudo menos amor consagrou-se na voz de Martinho da Vila, além de ter sido regravada por Leci Brandão e Péricles. Já Passado de glória, uma composição em parceria com Ratinho, foi gravada por Paulinho da Viola em 1971.
O repertório de Noca da Portela não fica atrás. Serão exibidos: Se você quiser saber; Portela querida; Olhos da noite; De volta aos caminhos de Minas Gerais; Caciqueando; Virada; e É preciso muito amar, as duas últimas gravadas por Beth Carvalho. Virada, de 1982, foi composta a quatro mãos com o filho de Noca, o Noquinha, e se tornou um hino do movimento das "Diretas Já". Olhos da noite é outro grande destaque: foi com este enredo, de 1998, que a Portela garantiu o título daquele ano.
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