Nesse segundo episódio da entrevista ao repórter Sergio du Bocage, o maestro Sílvio Viegas lembra de momentos vividos à frente de alguns espetáculos, em que "saiu de campo vaiado", como no futebol. Ele explica que nem sempre a leitura de uma ópera é bem aceita pelo público, e defende a reação, lembrando que a derrota traz ensinamentos. Sílvio reclama da falta de um "spalla" na seleção brasileira. Ele explica que o primeiro violino de uma orquestra é o segundo maior líder e que a seleção não dispõe de um jogador com esse perfil. Para ele, Didi, Gérson, Sócrates e Rivaldo foram grandes exemplos de "spallas" na seleção. Num comparativo com técnicos de futebol, ele se acha em vantagem por entrar em campo junto com seus "jogadores". Mineiro, o maestro lembra da tristeza que foi ter visto a seleção perder de 7 a 1 para a Alemanha, no Mineirão, reconhece que o time desafinou, mas critica a postura dos jogadores, que deveriam ter vergonha de não terem levado a sério o andamento do jogo. E termina dizendo ser favorável a vinda de outros regentes, de fora do país, para cuidar dos times de futebol no Brasil.
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