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Cineasta Ruy Guerra mostra sua versatilidade no programa Arte do Artista

Aderbal Freire-Filho e Ruy GuerraEsta semana, o Arte do Artista recebe quatro artistas que têm influenciado a cultura brasileira das últimas cinco décadas. O mais conhecido é o cineasta Ruy Guerra — diretor de Os Cafajestes, Quarup, Erêndira e Os Deuses e os Mortos –, que “se dirige” no programa: faz recomendações sobre enquadramento de câmera, iluminação etc.

– Cafajestes foi um filme que eu revi há pouco tempo. Foi curioso porque eu vi nele a marca do Cinema Novo, pelo qual eu tenho grande paixão. O filme tem uma dilatação do tempo que não é da narrativa clássica – revelou o diretor.

Já o letrista Ruy Guerra, que marcou época na MPB com músicas como Esse Mundo é Meu, Tatuagem e Fado Tropical, comenta as parcerias com Chico Buarque, Edu Lobo e Sérgio Ricardo, além de falar da convivência com intérpretes como Nara Leão e Milton Nascimento.

– Naquela época, tinha muito mais compositores do que letristas, então acabava sobrando pra mim. E foi o que me permitiu ganhar uns trocados durante a ditadura. Fiz letras também para poder sobreviver.

O Ruy cronista, apaixonado pela arte de escrever, revela a vocação de menino.

– Na realidade, a palavra sempre foi minha grande paixão. E ainda é a minha grande paixão. Se é mais que a imagem, não sei (...) Quando eu era garoto, queria ser escritor", lembra Guerra.

Ainda nesta edição, Aderbal Freire-Filho conversa com Ruy Guerra, o cronista nascido em Moçambique, que por indicação do escritor Mário Prata, assinou uma coluna em um dos principais jornais do país durante cinco anos e recebeu conselhos do outro grande amigo, o escritor Gabriel García Márquez.

– Escrevi crônicas para o Estadão durante cinco anos. Nunca falhei. Foi muito bom, porque essa obrigatoriedade de escrever toda semana te disciplina muito. Nada é mais difícil do que o exercício da liberdade. Você é obrigado a se encomendar qualquer coisa – acrescentou.Ruy Guerra

Para encerrar, o diretor de teatro Ruy Guerra compara a linguagem da produção teatral com a lógica do cinema:

– A linguagem cinematográfica tem uma estrutura interna, em sua essência cinematográfica, que pode passar para o teatro. Guardando ao mesmo tempo diferenças fundamentais, porque são signos diferentes. 

Ruy Guerra

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Criado em 22/10/2012 - 18:21 e atualizado em 23/10/2012 - 09:08

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