Digite sua busca e aperte enter

Compartilhar:

Caminhos da Reportagem lembra os 50 anos do Golpe Militar a partir desta quinta (20/03)

Atração jornalística exibe uma série especial com três programas para

Programa entrevista a advogada Rosa Maria Cardoso, integrante da Comissão Nacional da Verdade e ex-coordenadora do colegiado. Crédito: Tomaz Silva/Agência BrasilO jornalístico Caminhos da Reportagem apresenta uma série de três programas especiais sobre os 50 anos do Golpe Militar a partir desta quinta-feira (20/03), às 22h na TV Brasil.

A primeira matéria “Memória da Ditadura” mostra como e por quê a ditadura militar durou 21 anos no país. A atração revela também a história menos conhecida do regime: o massacre de índios e camponeses.

Nas próximas duas semanas, nos dias 27 de março e 03 de abril, o Caminhos da Reportagem destaca outras abordagens sobre o assunto, discutindo a “Censura” e a “Herança do golpe”, respectivamente.

Nesta quinta-feira (20/03), o programa da emissora pública resgata as memórias de uma época em que o Brasil viveu o milagre econômico, mas viu crescer o desrespeito aos direitos humanos. No ano de 1964, os militares derrubam o presidente João Goulart e assumem o poder. Um golpe ensaiado por pelo menos dez anos. “Desde a década de 1950, há a formação no país de uma articulação militar e civil que sucede a 2ª Guerra e que é anti-getulista, que tem a intenção de não permitir, de afastar, de atrasar, a entrada do povo, das massas, na política”, afirma Rosa Maria Cardoso, integrante da Comissão Nacional da Verdade e ex-coordenadora do colegiado.

A ditadura se prolonga no Brasil por 21 anos, mas ainda há muito a ser contado sobre esse período. O Caminhos da Reportagem lembra fatos que marcaram essa história e mostra como era o país antes e logo depois do golpe. Também investiga a resistência civil e a repressão na cidade e no campo. Militares que participaram dos órgãos de repressão fazem revelações sobre tortura e mortes de outros oficiais. Pessoas que lutaram pela democracia falam sobre as marcas do passado e expressam o desejo de reparação.

João Vicente Goulart, filho de JangoAs reformas de base propostas por Jango são aplaudidas pelos sindicatos e ligas camponesas, organizações que vinham ganhando força no início dos anos 1960. Para Raphael Martinelli, ex-dirigente do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), as reformas “eram coisas que a sociedade estava pedindo. E o Jango estava acompanhando e cedendo democraticamente. Ninguém tinha a intenção de tomar o poder”.

As atitudes do presidente eram vistas como uma ameaça por uma parcela da sociedade. “Houve um clamor popular, da imprensa, da igreja, dos partidos políticos, exigindo que se desse um fim àquela situação anormal que o país vivia. Tínhamos centenas de greves por ano, a economia se descontrolando totalmente”, justifica o general Bandeira, do exército.

No mundo dividido pela Guerra Fria, os Estados Unidos tinham planos para blindar a América Latina contra o comunismo e deram suporte ao golpe militar no Brasil. “Hoje, 50 anos depois, esse é o grande triunfo de João Goulart: não ter resistido, não ter conduzido o país a uma guerra civil, com a quarta frota americana dentro da costa brasileira, com o governo americano pronto pra reconhecer o governo mineiro e se preparar para uma luta prolongada e inclusive a divisão territorial do nosso país”, afirma João Vicente Goulart, filho de Jango.

 

Caminhos da Reportagem debate a “Censura” no segundo episódio da série

Cineasta Cacá Diegues comenta o período de censura que a arte enfrentou durante o ditaduraNo dia 27 de março, às 22h, a “Censura” é o tema do segundo episódio da série sobre os 50 anos do Golpe Militar. O programa jornalístico da emissora pública revela os instrumentos que legitimaram a censura às artes e à produção cultural.

A equipe da TV Brasil entrevista personalidades que vivenciaram o drama de se fazer cultura na época como o cineasta Cacá Diegues, o escritor Ignácio de Loyola Brandão, o poeta Ferreira Gullar e o jornalista Carlos Heitor Cony.

 

 

 

Programa jornalístico analisa as consequências do Golpe no encerramento do especial

O terceiro e último episódio da série traz a “Herança do golpe” no dia 3 de abril, às 22h. O Caminhos da Reportagem vai abordar assuntos como justiça, leis, política, economia, reforma agrária, educação e movimentos sociais. O programa faz um comparativo daquela época com os dias atuais e mostra as consequências que as decisões tomadas no passado geraram no presente. O jornalístico da TV Brasil destaca ainda o impacto dos Atos Institucionais no estado de Direito no país, a criação da polícia militar e o incentivo ao homem do campo para migrar para a cidade.

 

Serviço:
Caminhos da Reportagem - Especial 50 anos do Golpe

No ar à quintas-feiras, dias 20 e 27 de março e 3 de abril, às 22h na TV Brasil.

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 19/03/2014 - 13:55 e atualizado em 19/03/2014 - 14:01

Últimas

O que vem por aí