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Nesta sexta, 28, série do Repórter Brasil destaca as iniciativas para ressocializar detentos

Reportagem é a última da série que vem mostrando as mazelas do sistema

O sistema carcerário no Brasil (foto de Antonio Cruz/ABr)Na última matéria especial da série "Prisões brasileiras: um retrato sem retoques", o Repórter Brasil desta sexta-feira (28) destaca bons exemplos e iniciativas que ajudam a ressocializar condenados. O programa vai ao ar às 21h na TV Brasil.

Depois de apontar as mazelas do sistema carcerário no país, a equipe de reportagem da emissora pública apresenta as possibilidades de reinserção do preso na sociedade. Ao longo da semana, o telejornal mostrou o perfil dos brasileiros que vivem no sistema penitenciário e a condição dos que estão provisoriamente privados de liberdade, além da vida de mulheres e crianças que se encontram atrás das grades.

A reportagem desta sexta mostra que o uso da tecnologia da informação tem acelerado a tramitação dos processos, no Paraná. Após a adoção do sistema, que avisa quando o preso tem direito a algum benefício ou mesmo quando a pena chegou ao fim, o prazo para a análise do juiz, que chegava a ultrapassar seis meses, caiu para, em média, duas semanas. Também no estado, o repórter Pedro Henrique Moreira foi até a Colônia Penal Agroindustrial de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, onde 90% dos presos trabalham. Um exemplo da política de ressocialização ainda residual, no país.

Técnico em mecatrônica e hoje estudante universitário, o detento André Fabiano de Brito recorda como começou a se envolver em atividades de readaptação. "Eu procurei achar alguma coisa que eu pudesse ocupar a minha mente, ocupar meu físico, ou seja, trabalhar, cansar, descansar. Enquanto eu estivesse trabalhando ou lendo, eu não estaria com a mente dentro da cadeia. Eu estaria longe". Ele enfrentou o preconceito e hoje, conta os dias para sair da prisão e para ingressar no mercado de trabalho como cidadão livre. "Apesar de eu trabalhar na área da confecção desde os 16 anos, era costureiro, mas sempre que tinha um emprego melhor eu não tinha qualificação. Hoje o mercado de trabalho está fazendo fila para esperar. Eu posso ter a opção de poder escolher", comemora.

Possibilidades como a de André não foram encontradas por Maria de Jesus, uma das presas que a equipe da TV Brasil conheceu na Penitenciária Feminina de Teresina (PI). Na sexta passagem pela prisão, Jesus, como é chamada, relata as dificuldades de conseguir emprego depois de passar pelo sistema carcerário. Ela, como muitas mulheres, também conta a dificuldade de conviver com suas crianças, atrás das grades, em espaços que sequer contam com berçários: "[a filha] Ficou comigo na prisão até onze meses. Quando trancava o banho de sol, ela já ficava em pé no portão, balançando a grande, querendo sair. Aquilo ali me doía tanto...".

Serviço
Série "Prisões brasileiras: um retrato sem retoques"
Repórter Brasil – sexta-feira (28) às 21h, na TV Brasil.


 

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 26/03/2014 - 15:37 e atualizado em 26/03/2014 - 15:37

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