Natália Lage recebe o diretor Miguel Faria Jr. para uma conversa sobre a produção do filme “Chico – Artista Brasileiro” que estreia no circuito neste final de semana a partir de quinta-feira (26). O bate-papo sobre o longa que desvenda o mito a respeito da figura de Chico Buarque de Holanda vai ao ar na TV Brasil nesta quarta-feira, 25 de novembro de 2015, à meia-noite, no programa Revista do Cinema Brasileiro.
“Selecionar o repertório foi a coisa mais difícil do filme. Tivemos critérios para a escolha. Em primeiro lugar, as músicas fazem parte integrante da narrativa. Elas são encenadas para o filme. Também tem uma parte de arquivo, mas o filme é todo contato pelo Chico mesmo”, explica o cineasta.
Miguel Faria Jr. ainda destaca como foi a dinâmica de gravação com o amigo e parceiro de tantas jornadas na sétima arte. “Não é um documentário jornalístico. É um filme sobre um artista e seu processo de criação. O longa foi feito a partir de entrevistas com ele”, conta Miguel.
O Revista do Cinema Brasileiro traz trechos da cinebiografia. Durante a conversa, o diretor traça um paralelo entre a trajetória do músico e a história do país. “O filme é sobre um grande artista brasileiro que eu conheço bem. Chico é um ícone da cultura nacional, um dos maiores compositores de todos os tempos no país. A produção faz um panorama sobre a história do Brasil e como a criação artística, sobretudo musical, se deu e é reflexo do que você vai vivendo”, conta a Natália Lage.
A parceria de Miguel Faria Jr. com o artista é de longa data. “Convidei o Chico para fazer a música de 'Na Ponta da Faca', longa de 1977, mas acabou não se concretizando por falta de tempo, mas ficamos amigos”. Um dos primeiros filmes do cineasta, o drama policial “República dos Assassinos” (1979), teve trilha sonora de Chico Buarque. “Em seguida resolvemos fazer uma adaptação da peça do Vinícius 'Pobre Menina Rica', para o cinema que se tornou 'Para Viver Um Grande Amor' (1984). Escrevemos o roteiro juntos e ele fez as canções”, destaca.
“O filme é sobre um grande artista brasileiro que eu conheço bem. Chico é um ícone da cultura nacional, um dos maiores compositores de todos os tempos no país. A produção faz um panorama sobre a história do Brasil e como a criação artística, sobretudo musical, se deu e é reflexo do que você vai vivendo”, conta o cineasta. “Eu sempre fiz ficção, mas o longa do Vinícius de Moraes e esse do Chico me abriram uma perspectiva de fazer um tipo de filme que não é jornalístico nem de registro”, sintetiza.
O lançamento de “Chico – Artista Brasileiro”, que tem quase duas horas de duração, marca o fim de um hiato de uma década do diretor Miguel Faria Jr. Em 2005, ele fez “Vinicius” sobre o poetinha Vinicius de Moraes. Até hoje a produção detém o recorde de documentário nacionais mais assistido nas salas de cinema do Brasil com quase 300 mil espectadores.
História do Rádio, Elza Soares e Nordeste também estão na pauta do programa
O Revista do Cinema Brasileiro apresenta uma reportagem sobre o longa documental “Murce: uma aventura que mudou a história” sobre a trajetória do produtor e radialista Renato Murce. Ele exerceu grande influência na história do rádio, da televisão e do cinema no país.
Elza Soares também está na edição desta semana como protagonista do documentário “My Name is Now”, dedicado à sua vida e obra. A atração da TV Brasil exibe trechos da produção e entrevista a diretora Elizabete Martins. Ela fala sobre as dificuldades, preconceitos e perseguições enfrentados pela atriz, cantora e compositora durante toda sua carreira.
O programa desta semana vai apresentar matéria sobre um dos filmes que fizeram parte do projeto Tomada Única, proposto pelo último Festival Internacional de Curtas de São Paulo: “O Último Trem”. O filme experimental, com direção de Joel Pizzini, é inspirado em poema do pernambucano Joaquim Cardoso e foi todo rodado em Super 8, sem edições.
Outra história de ficção abordada pelo Revista é o longa “A lenda do gato preto”, inspirado nas histórias dos grupos de ciganos que vivem próximos às cidades de Sobral e Juazeiro do Norte. A equipe do programa conversa com o diretor Clébio Viriato Ribeiro, o roteirista Caio Quindere e os atores Eduardo Dascar, Katiana Monteiro e Jane Azeredo.
O quadro Memória RCB traz uma análise sobre o filme “Narradores de Javé”, de Eliane Caffé, que conta a história de um povoado do nordeste prestes a ser inundado para a construção de uma hidrelétrica e a reação dos moradores locais com a notícia. O longa recebeu vários prêmios internacionais em festivais da Suíça, Bélgica, Canadá e Uruguai.
A equipe da atração também visita o set de filmagens de “Introdução à música do sangue”, longa de Luiz Carlos Lacerda, baseado numa história do escritor Lucio Cardoso, um mestre da literatura psicológica. O programa bate um papo com o diretor e com o ator Armando Babaioff.
Serviço:
Revista do Cinema Brasileiro – quarta-feira (25), à meia-noite, na TV Brasil.
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