Pauta:
O Observatório da Imprensa lança uma série de programas sobre a função do ombudsman, ou defensor do leitor, que comemora 25 anos no próximo mês de setembro.
O cargo, criado nos Estados Unidos, chegou ao Brasil em 1989 com a Folha de S.Paulo. Atualmente, somente o jornal O Povo, de Fortaleza - que mantém a função há 20 anos - e a Folha contam com esses profissionais no Brasil.
Nesta quinta edição, Alberto Dines conversa com 2 ex-ombudsman da Folha de S.Paulo, Mario Vitor Santos e Bernardo Ajzenberg.
Editorial:
Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
A série de entrevistas “A Voz dos Ouvidores” pretende comemorar os 25 anos de criação de uma função essencial para a credibilidade da imprensa, mas também para outros serviços de interesse público. O nome original - ombudsman - criado em 1809 na Suécia designava o representante do povo, cuja missão era limitar os poderes discricionários dos reis. Em bom português temos equivalentes nos ouvidores, provedores e defensores públicos.
A Folha de S.Paulo, primeiro veículo jornalístico de expressão nacional a utilizar esta função, preferiu o nome original. Ouvidor, para nós, seria mais compreensível, mais concreto, além disso, permitiria as flexões de gênero e número: ouvidora, ouvidores, ao contrário do ombudsman cujo feminino ou plural, se existe, poucos o conhecem aqui no Brasil.
Ouvidores são radares sociais, comunitários, capazes de captar a mensagem de retorno dos leitores, consumidores ou usuários de um serviço.
Ao ouvir os ouvidores da Folha de S.Paulo, pretendemos valorizar a sua importância como atores fundamentais do processo de mediar a mídia, isto é, torná-la um sistema efetivo de mão dupla, pluralista, transparente e diversificado.
Aos pares, exercendo seus mandatos em diferentes épocas, estão aqui, em carne e osso, gente como a gente, oferecendo um arco de vivências sobre o último quarto de século do jornalismo brasileiro e também da vida brasileira.
E na edição de hoje você vai reencontrar o segundo ouvidor da Folha, Mario Vitor Santos, que difere dos onze colegas porque exerceu dois mandatos em momentos diferentes. Foi o segundo e também o quinto ouvidor ombudsman. Começou em 91, terminou em 93. Convocado novamente, exerceu a função durante o ano de 97.
Bernardo Ajzenberg assumiu em 2001 e ficou até 2004. Continuam jornalistas, já que jornalismo é mais do que uma profissão, é um estado de espírito. Mas ser ouvidor ou ombudsman é uma forma de olhar. Uma vez exercitada, é possível desaprendê-la?
Assista na Íntegra:
Apresentação: Alberto Dines
Como assistir
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Arquivo dos programas anteriores à 29 de maio de 2012
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