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Eleições Elitizadas 2012

Programa debate a campanha eleitoral 2012

Observatório da Imprensa

No AR em 05/09/2012 - 01:00

Pauta

Editorial

Dos Telespectadores

Assista na Íntegra

 

Pauta:

O Observatório da Imprensa da próxima terça-feira vai debater a campanha eleitoral de 2012.

O horário eleitoral gratuito foi criado para democratizar a propaganda eleitoral, mas a realidade é bem diferente. Partidos que têm mais dinheiro, com alto financiamento de campanha, contratam grandes produtoras de vídeo e profissionais especializados para levar ao ar seus candidatos com a melhor qualidade possível. Porém, isto contraria o princípio da lei. Além disso, o custo destas produções estimula o uso do caixa dois.

Líder nas pesquisas, o candidato à prefeitura do Rio, Eduardo Paes, pretende gastar 25 milhões na campanha. Só de recursos do PMDB são três milhões. O valor arrecadado na campanha do prefeito do Rio é quatorze vezes superior à soma dos outros candidatos. Os cinco candidatos do Rio de Janeiro pretendem utilizar 48 milhões na disputa, segundo o TRE-RJ. Já em São Paulo, os candidatos projetam gastar quase o triplo de 2008.

Na busca pelo voto do eleitor, vale dispender milhões em alta tecnologia, equipamentos de cinema e, sobretudo, com um valorizado marketeiro político. Para os candidatos com pequeno financiamento de campanha, resta a internet, porque na televisão eles não têm como competir em igualdade de condições.

Alberto Dines recebe, em São Paulo, o filósofo Roberto Romano, em Belo Horizonte, o presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra e, em Brasília, o secretário geral do TSE, Carlos Henrique Braga.

 

Editorial:

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

Ficamos distantes das urnas ao longo dos 21 anos da ditadura militar. Agora, de volta à democracia, a cada dois anos participamos de uma grande festa eleitoral.

A mídia adora eleições porque eleições produzem debates e debates garantem a continuidade do processo. Mas nosso calendário eleitoral estabeleceu paradigmas e dinâmicas que podem nos conduzir a retrocessos.

A regulamentação da propaganda eleitoral - teoricamente uma ferramenta democrática - do jeito que foi concebida e se desenvolveu, está se tornando uma barreira para o acesso do cidadão à vida política, quando deveria ser o contrário.

À medida que os cartazes, panfletos, santinhos, faixas de rua e jingles de rádio foram sendo substituídos por material televisivo de alta qualidade, os custos de produção tornaram-se astronômicos e proibitivos.

A propaganda gratuita é teoricamente gratuita, os tribunais regionais eleitorais garantem a veiculação proporcional do material propagandístico mas a produção de 30 segundos de Tv em alta definição chega facilmente à casa dos 250 mil reais.

A candidatura a um posto eletivo já não representa o sonho de um cidadão, é um investimento, investimento pesado, que poucos têm condição de bancar. E o que acontece? Este cidadão é obrigado a buscar parceiros, além do universo partidário, em empresas, confissões religiosas ou lobbies - legais ou ilegais.

A fiscalização da justiça eleitoral costuma ser rigorosa, a origem dos recursos não pode ser clandestina, então surge o famigerado "caixa dois", que conseguiu o milagre de converter um ilícito em algo quase lícito.

Além de consagrar candidatos, partidos e coligações, eleições deveriam constituir uma oportunidade para discutir o próprio sistema eleitoral. Não é o que se vê. Mas é o que este Observatório faz hoje.

 

Dos Telespectadores:

E-mails:

Renato Martins
O custo de uma campanha eleitoral é muito alto. Assim, dificilmente um candidato conseguirá se eleger sem aceitar doações de grandes empresas. Isso não é um problema para a democracia?

Sidnei Silva
Prezado sr. Dines, parabéns pelos programas! Depois de muitas décadas se usando o termo "ideologia", não seria de se enfatizar a necessidade não só de se pensar/ discutir ideologia (o que vem se pondo em desuso pela descrença nos líderes devido à corrupção em todos os setores e sociedades) mas se estender o uso da filosofia, psicologia e psiquiatria em debates sobre os conceitos de "felicidade" e "realização pessoal e espiritual"? Sobre o fator monetário, as perspectivas de futuro para o jovem, os idosos, a manipulação do consumidor pelo marketing televisivo e por estereótipos de novelas (ainda). Deve-se pensar em outras opções de prazer na vida. Claro, sem deixar de pensar nos "excluídos" que, a partir do momento de uma certa emancipação monetária, deixam totalmente de se preocupar com reivindicações (aburguesam-se?) e gostam do sabor do consumo.

Telefonemas:

José Augusto dos Santos, Guarapari / ES
Em muitos países desenvolvidos vemos a não obrigatoriedade do voto. O eleitor brasileiro se adaptaria se não fosse obrigado a votar?

Gleisson Pessoa, Recife / PE
Essa multiplicidade de partidos existentes é para confundir o eleitor?

Marco Antônio Pereira da Silva, Brasília / DF
O que vocês acham do novo sistema eleitoral, através de impressão digital?

Ilhéu Fernandes, Rio de Janeiro
Os candidatos não deveriam ter uma orientação política?

Marcus Oliveira, São Paulo
Por que existem tantos partidos?

Hélio Francisco Trocoli, Rio de Janeiro
É contra a lei utilizar no dia da eleição uma camiseta dizendo que votarei nulo, incitando as pessoas a fazerem o mesmo?

Carlos Toliva, Belo Horizonte / MG
Será que o Brasil não deveria imitar os EUA e eliminar o horário eleitoral gratuito?

Rogério Costa, Recife / PE
Por que não se faz algo para punir candidatos que dizem ter procuração de Deus?

Luciano Andrade Teixeira, Rio de Janeiro
Tenho a impressão que a corrida eleitoral utiliza o dinheiro público nas campanhas e que o principal objetivo da maioria dos políticos é eleger-se para enriquecer ilicitamente com o dinheiro do povo. Será que o eleitor não percebe isso?

 

Assista na Íntegra:




Apresentação: Alberto Dines

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Criado em 29/08/2012 - 19:30 e atualizado em 07/08/2013 - 20:36

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