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Jornalistas na mira do terror

Programa analisa os riscos que sofrem os repórteres correspondentes na

Observatório da Imprensa

No AR em 09/09/2014 - 22:30

 

Com 11 jornalistas mortos na Síria e no Iraque só em 2014, o Observatório da Imprensa volta a tratar da dificuldade dos profissionais de informar em zonas de conflito, principalmente no Oriente Médio. As decapitações de jornalistas são postadas na internet, como foi o caso de Stephen Sotloff, de 31 anos, que escrevia para as revistas Time e Foreign Policy, e chocaram o mundo. A cena é recorrente e foi divulgada pelo Estado Islâmico através do grupo de monitoração terrorista SITE. Há poucos meses, um vídeo com o assassinato de outro jornalista americano, James Foley, também foi divulgado como protesto à política de Obama.

Atualmente, há mais de 30 jornalistas em poder do Estado Islâmico. A imprensa é feita refém para se tornar porta-voz dos interesses dos sequestradores. Os terroristas também utilizam as mídias sociais, especialmente Facebook e Twitter, onde não há censura, para fazer campanhas de adesão às suas causas.

A Campanha Emblema para a Imprensa (PEC, na sigla em inglês), entidade com sede em Genebra que defende a criação de regras internacionais para proteger jornalistas em zonas de guerra, emitiu nota de protesto contra a barbárie do assassinato do segundo jornalista americano, pedindo ação urgente do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Líderes europeus, além do presidente americano já iniciaram ofensivas aos jihadistas, mas ainda nenhuma proteção efetiva foi tomada para proteger os profissionais de imprensa.

Para discutir o assunto, Alberto Dines recebe o historiador e professor Murilo Sebe Von Meihy, o jornalista e escritor Leão Serva e o professor de Relações Internacionais Fernando Brancoli

 

Editorial:

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

A decapitação dos dois jornalistas americanos sequestrados pelas milícias do Estado Islâmico nos aproxima dramaticamente do onze de setembro de 2001 com o massacre de cerca de três mil pessoas nas torres gêmeas no coração de Nova York.

Quanto mais avançamos para entender a história mais precisamos retornar ao passado. E quanto mais fugimos da barbárie mais a barbárie se aproxima.

A desesperada tentativa de implantar o Estado Islâmico na região, que compreende a Síria e o Iraque, nos remete diretamente à morte do profeta Maomé em 632 da era comum e à disputa para escolher o seu herdeiro espiritual. A palavra califa significa literalmente sucessor e o conceito de califado nada tem a ver com a noção contemporânea de estado ou nação, é um território religioso, sem fronteiras fixas, em constante expansão.

Jihad não é uma guerra qualquer, é um empenho extremo, guerra santa para disseminar o Islã. A espada continua como símbolo de inúmeros Estados do Oriente Médio e não é por acaso que a execução dos dois jornalistas deu-se através da decapitação.

E por que escolheram jornalistas e não generais capturados em combate? Porque o terrorismo é uma ferramenta de comunicação, matar jornalistas é uma forma perversa, cruel, de subverter o jornalismo e colocá-lo a serviço do obscurantismo e do horror.

Esta edição do Observatório da Imprensa, como todas as anteriores, tem como bandeira a busca da tolerância, por isso não podemos nos sujeitar aos desígnios dos intolerantes. 




Apresentação: Alberto Dines

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Criado em 09/09/2014 - 14:03 e atualizado em 11/09/2014 - 15:04

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