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Todos Juntos -Reforma Política

Programa analisa as propostas de reforma política

Observatório da Imprensa

No AR em 11/11/2014 - 22:00

A reforma política entrou na pauta pública e ganhou destaque na mídia logo depois que a presidente Dilma Rousseff fez o seu primeiro discurso depois de reeleita. Ela assinalou convocar um plebiscito, o que foi prontamente rechaçado pelos parlamentares, fazendo a presidente voltar atrás.

Logo depois, a presidente foi derrotada na votação do projeto de conselhos populares. Cientistas políticos avaliam que Dilma Rousseff não terá trégua no Congresso e a reforma política vai render muita discussão, a começar pelas consultas públicas através de referendo ou plebiscito.

O tipo de reforma politica que o país necessita está longe de ser um consenso, mesmo entre especialistas. O tipo de financiamento de campanha, o número de partidos e sistemas de governo são os temas mais polêmicos e difíceis para os eleitores. Segmentos da sociedade civil já foram às ruas pedindo uma consulta popular. O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, a OAB e a CNBB se posicionaram a favor da reforma. Eles querem apresentar um projeto de lei de participação popular nos moldes do Ficha Limpa com alteração na eleição dos deputados e proibição de doação de empresas.

A mídia já deu espaço para analistas comentarem o assunto, mas a sociedade ainda não participa da discussão. O Observatório aborda o tema para jogar outras luzes na questão política fundamental dos próximos meses.

Editorial

Desta vez o dia seguinte, o “day after”, não chegou a durar 24 horas. Na manhã da segunda-feira, depois de proclamados os resultados e da promessa da presidente reeleita, Dilma Roussef, de tocar a reforma política, fomos obrigados a assistir à cansativa reprise de um filme de horror que poderia ser intitulado “onde morrem os sonhos”.

Hoje, apenas quinze dias depois, estamos enfiados no velho e sufocante pesadelo armado pela necessidade de tricotar alianças num elenco partidário com 32 protagonistas insaciáveis.

A presidente bem que tentou escapar das armadilhas ao buscar a antecipação do debate sobre a forma de realizar a reforma política. Mas a proposta de uma consulta popular não colou. Se ainda não sabemos o teor, formato e o escopo da reforma não faz sentido discutir como será viabilizada.

Por mais paradoxal e irônico que possa parecer, a única proposta consistente partiu de uma das mais antigas raposas políticas, o ex-presidente José Sarney, fragorosamente derrotado em seu terreiro eleitoral, a caminho da aposentadoria: num artigo publicado com grande visibilidade na “Folha de S. Paulo”, o senador Sarney faz um inesperado mea-culpa e ao mesmo tempo costura uma série de  alterações em nosso sistema representativo enfeixadas num projeto chamado “parlamentarismo”. Nenhuma repercussão, nem mesmo dele. Vamos ficar nisso?

Não podemos ficar nisso. A memória das jornadas de junho do ano passado certamente nos ajudará a sair do atoleiro. Neste segundo episódio da série “Todos Juntos” oferecemos alguns elementos para que você participe desta empreitada.




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Criado em 11/11/2014 - 12:00 e atualizado em 17/11/2014 - 18:33

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