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Violência

Programa debate as várias faces da violência no Brasil

Observatório da Imprensa

No AR em 09/04/2013 - 23:00

Pauta

Editorial

Dos Telespectadores

Assista na Íntegra

 

Pauta:

O Observatório da Imprensa desta semana vai discutir como a mídia pode pressionar as autoridades e mobilizar a população para reverter o quadro de violência no País.

Do crime organizado a matadores de aluguel, o país está entre os dez mais violentos do mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Enquanto no Rio de Janeiro a população experimenta um aumento na percepção da segurança a partir da implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), outros estados das regiões Nordeste, Sul e Sudeste enfrentam o aumento da criminalidade.

Em Santa Catarina, uma facção criminosa que atua dentro de presídios ordenou uma onda de ataques no início deste ano e no final de 2012. Pelo menos 31 municípios registraram casos de violência.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou em 25/03 que os assassinatos na Grande São Paulo cresceram 32% em relação ao mesmo mês do ano passado. Este foi o sétimo mês seguido de alta.

De acordo com o Mapa da Violência 2013 publicado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, nos últimos 30 anos houve uma alteração nos focos de violência do país, com um aumento também da criminalidade em cidades do interior, principalmente nas regiões de fronteira. Pesquisas apontam que o país gasta cerca de 5% do PIB com a violência.

Alberto Dines conta com a participação de Antonio Rangel Bandeira, coordenador do Programa de Controle de Armas do Viva Rio; Fernando Salla, sociólogo e coordenador de pesquisa do Núcleo de Estudos da Violência da USP; e Marcelo Freixo, Deputado Estadual do PSOL/RJ.

 

Editorial:

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

Há dúvidas sobre a autoria da caracterização do brasileiro como “o homem cordial”. Para alguns, a expressão teria sido cunhada pelo pensador Sérgio Buarque de Hollanda, para outros o autor teria sido o seu amigo Ribeiro Couto, que apesar de poeta, andava sempre metido em furiosas polêmicas.

A realidade confronta a lenda: o nosso país está metido numa guerra civil que consome anualmente 60 mil, repito, 60 mil vidas. É muito sangue para quem se imaginava no centro da brandura, da docilidade e da tolerância.

O “país do futuro” tornou-se um país como os outros - violento, feroz, implacável. Ignorar esta realidade ou mesmo atenuá-la com interpretações benevolentes equivale a assumir uma perigosa cumplicidade. A sociedade brasileira precisa aprender a se encarar no espelho, sem maquilagem: nos rankings mundiais estamos nas piores companhias e, mesmo quando conseguimos avançar algumas posições, despencamos em outras.

Nossa imprensa tenta mostrar a cruel verdade. Mas esta verdade é tão dinâmica, tão vasta, surpreendente e tão incômoda que poucos - a não ser os especialistas - conseguem processar os dados e atualizar as estatísticas. Soluções como o aumento do policiamento e da capacidade carcerária converteram-se elas próprias em gravíssimos problemas.

Pior de tudo: considera-se antipatriótico, politicamente incorreto e até anti-democrático insistir no flagrante da violência.

Este Observatório da Imprensa não quer nem pode resignar-se. A mídia é o último recurso para enfrentar o medo – precisamos encará-lo.

 

Dos Telespectadores:

Telefonemas:

Luciano Fernandes, São Luís / MA
Rangel, quais são os mecanismos necessários para obter-se resultados relevantes na diminuição da violência?

Manoel Machado, Petrópolis / RJ
Um estudo da ONU recomendou o fim da Polícia Militar. Isso faria alguma diferença?

Lúcia Mendes, São Sebastião / SP
Será que o Governo ou a Polícia conseguirão acabar com tanta violência?

José Castro, Maranhão
Por que, no Brasil, quando os policiais cometem crimes não são responsabilizados todas as vezes?

 

Assista na Íntegra:




Apresentação: Alberto Dines

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Criado em 03/04/2013 - 18:01 e atualizado em 07/08/2013 - 21:20

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