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Artes Plásticas

Arte como forma de inclusão de pessoas com deficiência visual

Programa Especial

No AR em 06/08/2016 - 15:30

A menina Kátia, que encontra alegria na pinturaA cabeleireira Marlene: mesmo deficiente visual, ela corta cabelosNo Programa Especial desta semana você vai conhecer duas artistas plásticas mineiras. A primeira delas é Eni de Carvalho, arte-educadora que abriu um ateliê para desenvolver pinturas táteis com pessoas que possuem deficiência visual. Lá, ela guarda mais de 600 obras e recebe visitas agendadas e gratuitas.

“Eu desenvolvo um projeto social voluntário nas artes plásticas, dedicado aos cegos e a todo 'o espectador das artes. O nome é Tocar e Sentir. Esse projeto nasceu  quando eu cheguei em casa, abri o jornal e li: "Cegos vão a museu e não tem acesso a obra de arte". E pensei: "eu posso pintar para o cego".

Foi a partir daí que Eni começou a pesquisar formas de trabalhar com cegos e a conviver com eles. Primeiro, foi para Belo Horizonte para fazer uma oficina no Instituto São Rafael com o apoio de uma professora de arte, também cega.

"Nós fizemos várias experiências e vivências. Por exemplo, os cegos queriam pintar. Aí, comecei a trabalhar e a explicar a cor utilizando os outros sentidos", conta ela, que também empregou diversos materiais reciclados para criar as texturas. "Quando o cego chega para conhecer o meu trabalho, eu o acompanho e vou deixando que a coisa flua naturalmente, ou ele lê em Braille primeiro o texto, ou depois toca na tela, ou toca na tela primeiro e depois ele lê, fica bem em aberto. A intenção é que ele se sinta incluído.”

A outra artista é Katia Santana. Ela tem paralisia cerebral e pinta há mais de 15 anos. Izabel Nadine, mãe da Kátia, contou como ela começou a desenvolver a pintura.

“A Kátia começou a pintar aos 14 anos em cartolina e aí ficou. Até que um dia descobrimos que ela tinha talento. Aí, procuramos uma pessoa, que é professora dela até hoje, e, com isso, ela participa de vários programas de inclusão. Quando a Kátia está pintando, se entrega totalmente, ela cria um outro mundo. E é interessante vê-la pintando, porque, assim, ela se transforma" conta. Izabe, diz que a pintura trouxe para Katia a independência e também a alegria de viver. "Ela fala que a pintura dá asas a ela, então são as asas da imaginação. Quando Kátia termina uma pintura, eu olho para ela e enxergo um novo mundo, um mundo de pureza, de sensibilidade, de alegria.”

No quadro Do Meu Jeito, a cabeleireira Marcele, que mora em Fortaleza e é cega, vai mostrar como ela corta cabelos. E ainda, mais uma edição do quadro Paralímpicos.




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Criado em 01/08/2016 - 13:35 e atualizado em 10/10/2016 - 15:20

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