Cassi Abranches é coreógrafa do Grupo Corpo e desenvolveu a coreografia de abertura das Paralimpíadas. Ela conversou com a equipe do Programa Especial sobre a escolha dos bailarinos e como foi a preparação para a coreografia de abertura.
“Em julho de 2015 a equipe de produtores-executivos veio na sede do Grupo Corpo para me fazer o convite, se eu toparia esse grande desafio de dirigir o movimento, de coreografar a abertura dos jogos. Diante do que eles me trouxeram, eu comecei a procura dos artistas que representariam esses momentos. A gente chama na cerimônia, como na Olímpica, por segmentos e a gente desenvolveu artisticamente as cenas. “
O artista plástico Vik Muniz viveu a experiência de ser o diretor criativo da abertura.
“Foi uma oportunidade de poder falar sobre deficiência com uma linguagem que não é um sermão, que não é tentando explicar”, relata. “Você começa abrindo o coração, e abrindo a cabeça também, para ideia da deficiência. A minha participação na direção da Cerimônia mudou completamente a minha relação com a deficiência. Eu sou outra pessoa depois desses 2 anos e meio.”
No Centro de Imprensa, o australiano Laurie Lawira, assistente de produção do Channel 4, comenta como as Paralimpíadas podem mudar a percepção da sociedade sobre a deficiência.
“Precisamos começar a pensar além das Paralimpíadas, coisas simples como acesso a rampas. Como incluímos pessoas com deficiência visual? Há sinais sonoros nas estações de trem, nos pontos de ônibus. Há Braille disponível, língua de sinais para surdos? Coisas assim precisam ser discutidas, não é um assunto somente relacionado ao Rio ou a Londres, é uma questão mundial. Nós precisamos tentar fazer o mundo mais inclusivo”, defende Lawira.
Apresentação: Juliana Oliveira
Direção: Angela Reiniger
Reportagem: Fernanda Honorato e Zé Luis Pacheco
Produção: Ricardo Petracca
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.